Zé Queiroz pode sofrer primeira derrota na Câmara de Caruaru

Mário Flávio - 27.12.2011 às 15:45h

Adolfo articula aprovação de dois projetos, Demóstenes foi inicialmente contra

A sessão da Câmara Municipal de Caruaru desta terça (27) dever ser marcada por mais uma polêmica. Entram em pauta hoje dois projetos enviados na semana passada pelo chefe do executivo municipal. O primeiro atualiza o código tributário do município. O segundo faz referência a criação de vagas para concurso público.

Alguns vereadores não concordam com a reforma tributária porque o projeto foi enviado em cima da hora. Segundo alguns edis, a alteração vai gerar novos impostos para a população e por isso não querem votar a favor do projeto.

Na semana passada, o vereador Dr. Demóstenes (PSD) já havia dito que era preciso ponderar sobre essa votação. “É um absurdo votar um projeto complexo como esse em cima da hora, ainda mais sem analisar profundamente as consequências dessa reforma”. Foi de Demóstenes o pedido de retirada do projeto de reforma tributária da pauta da semana passada.

Já sobre a criação de vagas para concursos, não houve consenso sobre a determinação de salários para alguns cargos. Na semana passada, o líder do governo, Adolfo José, também do PSD, havia pedido para que o projeto fosse retirado, a fim de analisar possíveis alterações que pudessem ser feitas em sua estrutura. No entanto, hoje ele vai articular com os outros vereadores para que os dois projetos sejam aprovados.

Como as duas matérias dependem de dois terços dos votos, o que representa 10 vereadores na Casa, o impasse está nos vereadores chamados independentes e nos da oposição. Há três dissidentes declarados (Rogério Meneses (PT), Lícius Cavalcanti (PCdoB) e Dr. Demóstenes) e três da oposição (Val (DEM), Diogo Cantarelli (PSDB) e Louro do Juá (DEM), daí restam nove votos na Câmara, da situação, o que não é o suficiente para a aprovação.

O problema então está em a situação convencer os vereadores do “fogo amigo” ou mesmo seus adversários de bancada em prol dos projetos. “Articulamos com os nove vereadores, estamos chegando ao décimo, que é Demóstenes, e falta falar com Licius e Rogério, ainda não consegui entrar em contato com eles, mas acredito que até a noite chegaremos a um consenso em favor dos projetos. Fora reajustes comuns na estrutura dos projetos, só ha uma cláusula em que sentimos complicação, que faz parte do artigo 307 do do incisco 3, e trata dos reajuste dos preços de venda de imóveis, pois define que o poder executivo pode aumentar os valores de venda em 20%, mas há a justificativa para isso, pois é uma forma de equilibrar as taxas anuais do mercado imobiliário”, comentou.