Raquel Lyra diz que até 2014 problemas estruturais da Funase estarão resolvidos

Mário Flávio - 29.05.2012 às 08:58h

Socialista diz que 12 unidades serão construídas em Pernambuco

A Secretária da Infância e Juventude Raquel Lyra (PSB) passou o dia de ontem traçando ações para conter a rebelião que culminou na morte de um adolescente e em um agente de desenvolvimento social gravemente ferido no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Abreu e Lima, no Grande Recife. Raquel voltou a reforçar que essas situações revelam problemas estruturais, sem solução rápida, e que remontam uma falta de investimento histórica nessa área de atenção a adolescentes que estão em conflito com a Lei.

“Infelizmente ainda passamos por rebeliões como essa da segunda-feira. Infelizmente temos a perda da vida de mais um adolescente, mas estamos tomando as providências imediatas para reconstrução e pacificação da unidade, transferência momentânea de internos, enquanto estiver em curso a obra de recuperação dessa unidade, que ainda será utilizada, mas depois será demolida. Tivemos uma ação de polícia num primeiro momento e depois de pacificação”, esclareceu a secretária.

Em Pernambuco hoje, há 1500 jovens que estão no sistema socioeducativo e infrigiram a lei por algum motivo. O planejamento da pasta, depois de discutido com o governo do estado, é a construção de 12 novas unidades para resolver definitivamente o problema de vagas na região metropolitana e interior do estado. “Essa construção de novas unidades abrangerá Garanhuns, Arcoverde, Região Metropolitana de Recife, obedecendo as diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente, que visa aproximar ao máximo o adolescente de sua comunidade de origem pra permitir a inserção dele à sociedade e permitir a quebra do ciclo vicioso, no qual o jovem acaba voltando à criminalidade, depois que sai da unidade”.

Ainda de acordo com Raquel, o planejamento de ações da secretaria envolve recurso previsto no plano plurianual de mais de R$ 80 milhões, para o meio fechado, e R$ 20 milhões para o meio aberto. “Vamos resolver o problema da superlotação, substituir as vagas desnecessárias, solucionar o problema de pessoal, um passo sendo de cada vez, para que em 2014 entreguemos um sistema novo para o nosso estado”, finalizou.