Nas últimas semanas o noticiário político foi tomado pelo caso que envolve o senador Demóstenes Torres e o contraventor Carlinhos Cachoeira. Durante as investigações da operação Monte Carlo da Polícia Federal, foram detectadas ligações entre o senador e o contraventor, até este ponto nada de “anormal”, o que realmente chocou foi o conteúdo das ligações que demonstram uma profunda afinidade entre o senador e o bicheiro. As investigações estavam acontecendo desde ano de 2009, porém o seu conteúdo só foi revelado após o vazamento de algumas informações até então secretas já que a investigação estava ocorrendo em segredo de justiça. Com o vazamento destas informações a situação do senador começou a se complicar chegando a culminar na possível abertura de um processo no Conselho de Ética do Senador, e na sua desfiliação do Democratas partido do qual era líder no senado.

O partido mostrou que tem consciência do papel que desempenha na sociedade e tomou a decisão mais coerente, abriu um processo para expulsar o senador dos seus quadros, mas o senador se antecipou e pediu desfiliação da sigla evitando ser expulso. O Democratas mostrou mais uma vez que não compactua com a falta de ética dos seus membros e espera que o senador seja punido pelas suas falhas, ao contrário do PT que acoberta e prestigia os mensaleiros, os aloprados e que tem dado destaque ao Zé Dirceu, aquele processado no STF por formação de quadrilha, cassado pela Câmara por corrupção.

Hoje muitos petistas comemoram e dizem: ”Estão vendo o senador Demóstenes paladino da ética, “dono” da verdade, está envolvido até o pescoço com esquemas ilegais”. Na realidade. a sociedade não tem o que comemorar, pois o senador defendia (mesmo que não seguisse) os valores que a sociedade tanto presa, a ética, a moral e a decência coisa que os petistas esqueceram. O caso do senador está servindo de vingança para os que defendem a imoralidade na política brasileira.

Rayann Santos – Presidente da Juventude Democratas de Caruaru