Com reabertura de mesa de negociação sobre PCC da Educação, papel de ‘vilões’ cai mais uma vez para vereadores

Mário Flávio - 04.06.2013 às 07:45h

Com a confirmação da reabertura da Mesa de Negociação entre prefeitura de Caruaru e professores da rede municipal, mais uma vez foram os vereadores caruaruenses que ficaram de saia justa diante da categoria. Isso porque foram os parlamentares que, na semana passada, vetaram o pedido de Audiência Pública para discutir a atualização do PCC da Educação e uma das justificativas era que se tratava de uma lei sancionada, da qual não cabia mais discussão. No entanto, às vésperas da abertura do São João, o Executivo Municipal decidiu retornar a linha de diálogo com os servidores.

No contexto

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À época, o presidente da Comissão de Educação da Câmara, Edjailson da Caruforró (PT do B) justificou que os professores que participaram dos últimos protestos na cidade ofenderam o legislativo. “Eles deveriam ter procurado os vereadores desta Casa, assim que o projeto foi aprovado, para que houvesse uma discussão sobre as reivindicações deles. No entanto, estes professores, que estão participando dos protestos, agiram com má educação e de forma ultrapassada, ofendendo os vereadores, com cartazes nos chamando de inimigos da educação. Além disso, chegaram a fazer um protesto na sessão solene de entrega de título de cidadã da deputada Raquel Lyra (PSB), que nada tinha a ver com essa situação. Os professores merecem ter um espaço para que escutemos suas reivindicações, mas os que participaram dessas mobilizações nos desrespeitaram”, disse.

Já o vice-líder do governo, Ricardo Liberato (PSC), disse ainda que não caberia mais discutir a atualização, por já ter sido sancionada. “Não se trata mais de um projeto, e sim de uma questão de negociação entre a categoria e a prefeitura, já que se trata de uma lei de ordem financeira, que já foi sancionada”, justificou. Contudo, o recente posicionamento do secretário municipal de Educação, Welson Costa, é bem diferente: “Estou otimista quanto a essa nova mesa de negociação e quem sabe não possamos sair de lá com o problema resolvido”. Provavelmente, a partir da próxima terça-feira (04), já devem começar as novas discussões a respeito do PCC.