Fora as primeiras avaliações sobre o São João de Caruaru em 2013, o prefeito de Caruaru, Zé Queiroz (PDT), tem alguns assuntos pendentes ligados ao sistema de transporte público municipal para resolver. Por exemplo, o Conselho Municipal de Transporte (COMUT) já definiu, no final de maio, o reajuste das passagens de ônibus de R$ 1,80 para R$ 2,10, mas o prefeito ainda analisa essa proposta, criticada por movimentos estudantis e sindicais. Contudo, em conversa com o blog, Queiroz garantiu que a definição mais adequada sobre o reajuste deve partir do COMUT.
No contexto
Entidades protestam contra reajuste de passagens de ônibus em Caruaru
Entenda as principais mudanças no Projeto dos Transportes Coletivos
Leonardo Chaves indefere sessão extraordinária e votação do Projeto dos Transportes é adiada
Segundo ele, o reajuste também não poderia ser barrado pelo adiamento da aprovação do projeto de atualização do Sistema de Transportes, como argumentou o presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio de Caruaru, Milton Manoel, que alegou a necessidade de atualizar as concessões de linhas de ônibus na cidade, antes de planejar qualquer reajuste. “Nós estávamos reunindo elementos para dizer aos líderes como aconteceu todo o processo. Um dos questionamentos é que teria sido um processo atropelado, não foi. E eu sempre disse a Caruaru que a decisão sobre as passagens não era minha, nem de Demóstenes [líder do governo na Câmara], nem de Ricardo[vice-líder]. Não é do Legislativo, nem do Poder Executivo. É uma tarefa do Comut, que é uma representação da sociedade, por isso nós estamos valorizando os conselhos. Portanto, também nada tem a ver com o projeto que está tramitando na Câmara, referente à atualização do sistema de transportes em Caruaru”, explicou.
Já no que se refere ao projeto que tramita na Câmara Municipal desde o ano passado, e visa a atualização do atual Sistema de Transportes, incluindo os novos prazos de concessão de linhas de ônibus, o prefeito ressaltou ainda que não houve desarticulação da base do governo semana passada, quando o projeto mais uma vez foi retirado de pauta, por não haver número suficiente de vereadores para aprová-lo.
Na verdade quase que o projeto seria rejeitado, em primeira e segunda discussão, o que se refletiria na primeira derrota da base do governo nessa legislatura, já que os vereadores de oposição se abstiveram, alegando que não tiveram tempo de conhecer o projeto. Os governistas perderiam porque dois deles e um da oposição, Rozael (MD), haviam faltado, e mesmo que tivessem a maioria dos votos, a matéria, de dotação orçamentária, não passaria, por precisar de maioria de dois terços, ou seja, 16 votos. No entanto, o presidente da Casa, Leonardo Chaves (PSD), terminou a reunião e não convocou a extraordinária para votar em segunda discussão o Projeto do Transporte Coletivo.
“Às vezes o vereador pode ter um compromisso fora de hora, e não poder comparecer. Ao não comparecer, diminui o quórum e evidentemente pode comprometer os dois terços necessários para votar o projeto. O líder e o vice-líder da base estiveram presentes e acompanharam o processo. Não houve falta de articulação. Naturalmente isso faz parte do próprio exercício do poder legislativo, mas é algo que não compromete”, completou.
Pelo que descreve essa atualização, exigida pelo Ministério Público de Pernambuco, o maior avanço é a abertura de licitação para que a concessão seja data. Com isso, as empresas irão atender a uma série de regras, a serem pontuadas num edital.