Antecipando-se à manifestação agendada para o sábado (22), o prefeito Zé Queiroz (PDT) acompanhou em parte a linha de pensamento do governador Eduardo Campos (PSB), na manhã desta terça (18), e decidiu não aprovar o aumento da passagem de ônibus em Caruaru de R$ 1,80 para R$ 2,10, conforme definido pelo Conselho Municipal de Transporte (Comut), na última reunião, dia 30 de maio.
No contexto
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Após conferir toda a documentação da reunião e considerar a desoneração do PIS e COFINS determinada pelo Governo Federal para as empresas de ônibus no dia 31 de maio, conforme publicação no Diário Oficial da União, o prefeito quer que a planilha de custos seja reformulada para apreciação do Comut em nova reunião.
Caberá à presidência do Comut determinar a nova reunião do órgão e providenciar os estudos técnicos para avaliação dos integrantes do Conselho, além de convocar todos os representantes para participar da decisão.
PROTESTOS
Em paralelo, o protesto “Não é só pelos Centavos” deve ocorrer no sábado, com concentração próxima ao pórtico da Estação Ferroviária, em frente ao Grande Hotel, no centro. A ideia é realizar um percurso até o Marco Zero da cidade, reivindicando não só melhorias para o serviço de transporte público municipal, mas melhores condições de infraestruturas em nível local e nacional, como educação, saúde e segurança.
ANTECIPAÇÃO
Na manhã desta terça-feira (18), em Recife, o governador Eduardo Campos (PSB) anunciou que as passagens de ônibus na Região Metropolitana vão diminuir, em uma coletiva de imprensa para se antecipar a um protesto marcado para a quinta-feira (20). Eduardo Campos afirmou que uma nova licitação para as linhas de ônibus na RMR será relançada nesta sexta-feira (21). Em Caruaru, há outra situação mais complicada que o reajuste: o projeto de Lei do Executivo Municipal que atualizaria o Sistema de Transporte, com um novo processo legal de licitações, foi rejeitado na Câmara Municipal. A atual legislação prevê abertura de licitações, mas críticos avaliam que o projeto reprovado seria mais adequado, econômico e sem vícios constitucionais.