Em contato com o Secretário Municipal de Governo, Clóvis Cavalieri, o blog foi informado de que a prefeitura não vai interferir na negociação entre donos de linhas de ônibus que atuam em Caruaru e trabalhadores de transportes rodoviários, que inclui motoristas, cobradores e fiscais. A categoria agendou uma parada para esta quarta (14) no início da manhã, pois alega que o acordo salarial discutido em junho não está sendo cumprido. Para os empresários do setor, a prefeitura deveria decidir se concederia um aumento de passagens ou desoneração de impostos.
No contexto
Contudo, Clóvis deixou bem claro que esse impasse deve se resumir entre contratantes e contratados. “A relação entre empregado e empregador quem tem que resolver são as empresas e os funcionários, a prefeitura não pode entrar para resolver esse impasse. Estão querendo associar a questão tarifária à possibilidade de darem o reajuste aos funcionários. São duas coisas distintas. A prefeitura não deve se envolver nisso, até porque são funcionários dessas instituições privadas. Evidentemente, os empresários estão aguardando um reajuste nas tarifas, que no momento não é possível, até porque vamos ter uma Conferência dos Transportes, que deve ocorrer até o final de agosto, ou início de setembro, no qual vai ser feito um estudo para uma reestruturação do COMUT. A partir disso é que o conselho vai fazer reuniões e analisar a possibilidade de reajuste ou não. A prefeitura aguarda essa Conferência e não pode se pronunciar sobre tarifa”, esclareceu.
Em síntese, a responsabilidade da prefeitura vai até a discussão sobre o reajuste tarifário, que foi vetado pelo prefeito Zé Queiroz (PDT), justamente para que o município se adequasse à desoneração do PIS e COFINS determinada pelo Governo Federal para as empresas de ônibus desde 31 de maio. A proposta apresentada pelo Conselho Municipal de Transporte em junho foi de aumentar de R$ 1,80 para R$ 2,10. Com o veto, a Associação de Empresas de Transporte Coletivo de Caruaru. Já o acordo salarial de 2013, estabeleceu um aumento de 7% para a categoria, mais R$ 171,20 de tickets.
Vale ressaltar também que o prefeito Zé Queiroz já havia disposto a manifestantes do movimento Não é só pelos Centavos, ainda em junho, que deveria haver caberia à Conferência Municipal de Transporte as discussões sobre reajuste tarifário, COMUT e outras propostas para a melhoria do Sistema de Transporte no município, incluindo as licitações de linhas de ônibus.