O vice-líder do PSD na Câmara dos Deputados, deputado Reinhold Stephanes Junior (PR), assinou um requerimento de urgência para o projeto de lei que propõe anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas em Brasília. Stephanes, conhecido por sua proximidade com pautas bolsonaristas, afirmou que o PSD, como um todo, concorda com a anistia. 
No entanto, a posição de Stephanes não reflete unanimidade dentro do partido. O PSD apresenta divisões internas significativas sobre o tema. De acordo com o “Placar da Anistia” do Estadão, 15 deputados do PSD apoiam a anistia, sete são contrários e 10 não quiseram responder; outros 12 ainda não se posicionaram.  
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, tem evitado comentar publicamente o assunto. Nos bastidores, Kassab indica que o partido não deve fechar questão, permitindo que os parlamentares tenham liberdade de voto. O ex-presidente Jair Bolsonaro mencionou que conversou com Kassab e espera o apoio do partido ao projeto de anistia.  
A bancada do PSD está dividida regionalmente. Deputados do Nordeste, especialmente da Bahia, tendem a apoiar o governo Lula, enquanto parlamentares do Sul e Centro-Oeste mostram-se mais alinhados à direita e ao bolsonarismo. Essa divisão interna reflete a complexidade das negociações em torno do projeto de anistia e evidencia a falta de consenso dentro do partido. 
