Vereadores aprovam projeto do Dia Municipal da Luta pela Educação em Caruaru para 31 de janeiro

Mário Flávio - 28.08.2013 às 06:55h
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Projeto foi de autoria do vereador Jajá (PPS), que comemorou a aprovação

Os professores que se dirigiram à Câmara Municipal de Caruaru nessa terça (27) para mais um protesto na Casa puderam ao menos comemorar a aprovação, em primeira discussão, de projeto que estabelece o Dia Municipal de Luta pela Educação para o dia 31 de janeiro. De autoria do vereador Jajá (PPS), a proposta chegou a receber uma emenda modificativa que alteraria a data para o dia 16 de julho, o que desagradou a categoria. Na verdade, a data original faz referência direta ao dia em que foi aprovada a atualização do Plano de Cargos e Carreiras dos professores da rede municipal, o que vem gerando um londo processo de negociações e protestos desde o início do ano.

No contexto

Comissão de Leis apresenta emenda a projeto e irrita vereador Jajá

A justificativa da emenda, elaborada pela Comissão de Legislação e Redação de Leis, era estabelecer o dia 16 de julho como data comemorativa por ser também o dia em que foi sancionada a Lei do Piso Nacional da Educação. Contudo, o vereador Jajá mostrou-se contrário desde a semana passada. “Essa modificação vai contra o desejo dos professores, que pediram que a data fosse o dia 31 de janeiro, para demonstrar simbolicamente a luta pela educação”, defendeu.

No entanto, o presidente da Comissão, Marcelo Gomes (PSB) havia argumentado que o projeto não tinha justificado que o dia 31 havia sido pedido pelos professores. “Pela leitura que fizemos do projeto, em nenhum momento foi citado que havia sido um pedido dos professores manter essa data. Nós elaboramos a modificação justamente por considerarmos que a data de 16 de julho representaria a bandeira levantada pelos professores. A emenda não modificaria o projeto”, explicou. A Comissão de Educação, Cultura e Esportes, presidida pelo vereador Edjailson da Caruforró (PTdoB) também havia dado parecer favorável a emenda. Mesmo sem assumir publicamente, a ideia era dos vereadores da base era evitar associar a data ao PCCDR e com isso confirmar que o Plano de Cargos e Carreiras foi votado de forma equivocada em 31 de janeiro.

Os vereadores então decidiram aprovar o projeto, mas votaram em destaque a emenda, ou seja, definir se a alteração seria ou não acrescentada à proposta. Com 11 votos contra e 9 a favor, a emenda foi rejeitada e, de quebra, isso acabou servindo para os professores arranjarem mais motivos para reclamar contra os vereadores, em especial, Marcelo Gomes. “Não é mole, não, Marcelo Gomes confirmou a traição”, gritaram os manifestantes do lado de fora da Câmara pouco depois da votação. O projeto deve ser apreciado em segunda discussão na próxima quinta (30).