Pelo menos seis vereadores em Caruaru estão se negando a pagar a contribuição partidária, o chamado dízimo dos partidos. O caso mais complicado é do PRTB, que conta com três vereadores (Heleno do Inocoop, Val das Rendeiras e Jadiel Nascimento e o PPS, com o mandato de Jajá. O caso é bem simples, os edis não leram o estatuto do partido e hoje questionam uma cobrança que em siglas como PT, PDT, DEM ou PSDB é uma situação natural.
Mesmo sem aceitar e com ameaça de punição por algumas legendas, os especialistas afirmam que um vereador não pode perder o mandato, caso o mesmo se recuse a pagar a contribuição. “Isso não é permitido por Lei, o partido pode expulsar o vereador, mas ele não perde o mandato, temos dois exemplos bem claros recentemente. Um foi do ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, que se desfilou do DEM e seguiu no governo, mas aí a justiça entrou na questão e cassou p mandato dele e o outro é do senador Demóstenes Torres, que foi expulsão do DEM e ficou por algum tempo sem mandato”, disse Cumarú.
O maior problema nesse caso dos vereadores é não terem identidade ideológica nenhuma com os partidos, como explica Marcelo. “Você não percebe, por exemplo, esse tipo de situação nos partidos tradicionais de esquerda, como é o caso de PF e PCdoB, ou em partidos de centro como DEM e PSDB, nessas legendas os filiados fazem questão de doar e durante muito tempo os partidos que hoje estão no governo viveram da contribuição dos filiados e de pessoas que ocupavam cargos públicos”, disse o especialista.