Bancada de oposição diz que Ricardo tenta intimidar vereadores e pedem quebra de sigilo de secretários e edis

Mário Flávio - 27.09.2013 às 08:55h

Segundo o líder da oposição, o pedido de Liberato chega atrasado na Câmara. A foto é de Antônio Valdevino

Segundo o líder da oposição, o pedido de Liberato chega atrasado na Câmara. A foto é de Antônio Valdevino

Após o uso na Tribuna do vereador Ricardo Liberato (PSC), que pediu abertura de investigação para avaliar possível tentativa de suborno a Ranilson Enfermeiro (PTB), a bancada de oposição reagiu e bateu pesado no vice-líder do governo na Câmara. O primeiro a alfinetar Liberato foi Neto (PMN).

“Parabenizo ao vereador Ricardo pela iniciativa, mas só aceito assinar o documento que ele apresentou na Câmara se pedir a quebra de sigilos telefônico e bancário dos 23 vereadores e de todos os secretários da prefeitura de Caruaru”, expôs.

Outro que disparou contra Liberato foi o líder da oposição na Câmara. Segundo Val (DEM), o pedido veio de forma tardia. “Ricardo Liberato está certo, mas deveria ter pedido antes, quando o vereador Neto usou à Tribuna e deu destaque a forma em que foi destratado pelo prefeito, principalmente com as promessas de cargos na prefeitura e com a perseguição sofrida por ele”, disse.

Val ainda disse que a discussão provocada por Ricardo é uma maneira de intimidação. “O vereador Ricardo Liberato vir aqui e usar à Tribuna para querer intimidar o vereador Ranilson? Isso é um absurdo, ninguém aqui vai engolir sugesta vindo da prefeitura. Esse pedido do vereador vem atrasado e faz o que a oposição pede, que haja transparência nessa Casa. Eu esperava por tudo, menos que um vereador viesse na Tribuna tentar intimidar um colega de bancada”, disparou Val.

Evandro Silva destacou que o discurso de Liberato é uma tentativa desesperada de criar um fato novo, para minar o debate sobre a CPI e chamou o colega de Câmara de Maquiavélico. “O colega Ricardo Liberato chega a ser maquiavélico, está querendo criar um fato novo, mas não vai nos intimidar, que abram as investigações”, disse.