Desde a tarde de ontem que o PMDB tomou conta do noticiário político em Caruaru. Mas o que esse partido, com pouca expressão na cidade tem de tão importante para os dois tradicionais grupos irem a justiça brigar pelo comando da legenda? A resposta é bem simples: o tempo no guia eleitoral. Por possuir grande representatividade no Congresso Nacional (Senado e Câmara), o partido tem pouco mais de cinco minutos para ser distribuído com a coligação.
Todo esse tempo pode decidir uma eleição e como a política por tradição é muito disputada na Capital do Agreste, os dois lados querem o apoio do partido, nem que seja apenas para compor. Existe ainda Rivaldo Soares, um dos poucos que defendem que o partido tenha candidatura própria, mas como ele está isolado e no meio do tiroteio entre as duas forças, fica em situação delicada.
Esse tempo tem dois pesos diferentes. Para a situação soma-se a um bom tempo já garantido, devido ao leque de partidos que fazem parte do governo Zé Queiroz. Caso o partido não venha, o fato não será tão lamentado. Para a oposição a situação é diferente. O tempo do PMDB é essencial para formar a coligação, se o partido não vier, pesa e muito na decisão do nome para concorrer na eleição. A novela sobre a situação do PMDB deve render novos capítulos, mas uma coisa é certa: todos querem o PMDB.