Em conversa com o blog o superindente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Frederico Almeida, lamentou a decisão da prefeitura de Caruaru em extinguir a Feira do Troca devido a falta de segurança. No entanto, de acordo com ele, o Iphan não pode intervir na questão.
“Diferente do patrimônio material, o patrimônio imaterial, que é o caso do registro da Feira de Caruaru, não de faz uma proibição ou uma repressão, o que existe é um monitoramento durante os primeiros dez anos, como a Feira foi registrada em 2006, quando for em 2016 iremos avaliar a situação para ver se o título de Patrimônio Imaterial é mantido. O Patrimônio Imaterial é uma expressão cultural e humana, uma situação muito frágil”, disse.
O superidente sugeriu que a extinção seria a última medida, já que segundo ele, a decisão mais sensata seria coibir o crime. “Nesse caso específico da Feira do Troca, uma das feiras que deu origem a feira famosa, a mesma foi desconfigurada e perdeu um pouco o sentido. O que podemos é lamentar a decisão de extinguir a Feira, quando o que se deve é coibir a insegurança e promover a segurança e manutenção do local, para fazer com que a feira volte as suas características originais que é o troca-troca, situação em que não existe nada de ilícito”, observou.