Nesta sexta-feira (23/02), a Secretaria de Defesa Social (SDS), junto com a Casa Civil do Governo do Estado, se reuniu na Secretaria de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional (Seplag) com os presidentes dos Clubes de Futebol (Sport, Náutico e Santa Cruz), o Tribunal de Justiça, Ministério Público, OAB e Comissão de Segurança da Alepe, além das Forças de Segurança.
Na pauta, além do atentado ao ônibus dos jogadores do Fortaleza, foram tratadas medidas que auxiliem na identificação de quem se passa por torcedor para cometer crimes, como por exemplo, ingresso personalizado e intransferível, já utilizado em shows, cadastro dos torcedores pelos clubes, restrições sobre torcidas organizadas, reforço de escolta policial dos times visitantes e implantação de câmeras de reconhecimento facial nos estádios.
Sobre as medidas anunciadas para reduzir a violência nos jogos, a implantação de câmeras de reconhecimento facial nos estádios auxiliará na identificação de criminosos infiltrados nas torcidas. Tal como aconteceu no Carnaval, a SDS utilizará, de forma integrada, o sistema do Banco Nacional de Mandados de Prisão, que possui 15 mil fotografias de procurados pela polícia no Estado. “Solicitamos que os clubes nos auxiliem com a logística dentro dos estádios atraves da instalação de pontos de internet e de energia, bem como sala para acomodação dos equipamentos. Quem tiver mandado de prisão em aberto dentro dos estádios será capturado”, assegurou o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, acompanhado pela secretária executiva, Dominique de Castro Oliveira, que coordena o Grupo de Trabalho (GT) Futebol da SDS; o comandante da PM, coronel Ivanildo Torres; e o chefe da Polícia Civil, delegado Renato Rocha, entre outros representantes das Forças de Segurança.
Outra medida importante solicitada aos clubes pernambucanos foi que os ingressos sejam identificados e que não possam ser transferidos, a exemplo do que já ocorre em outros estados. “Isso é algo essencial para a Segurança Pública, para sabermos quem foi ao estádio, e hoje não temos essa informação. Com base nesse cadastro, identificaremos as identidades dos criminosos, o que facilitará muito a investigação dos casos”, comentou a secretária executiva da SDS, Dominique de Castro Oliveira. Ela também comentou que, a partir do atentado ao Fortaleza, novos procedimentos de escolta serão adotados já que “nunca houve em Pernambuco um crime dessa natureza contra uma delegação” e anunciou que “alguns indivíduos já foram identificados pela Polícia Civil e está certa que será dada uma resposta incisiva e contundente na proporção que foi o caso”.
