Forças de segurança da Rússia afirmaram na segunda-feira que militares e guardas de fronteira impediram “um grupo de reconhecimento e distração” de violar a fronteira da Rússia a partir do território ucraniano e que cinco pessoas foram mortas para impedir a incursão, informaram agências de notícias russas. “Nos combates, cinco pessoas que pertenciam a um grupo de sabotadores que violaram a fronteira russa foram mortas”, disse um comunicado.
A agência russa Interfax citou os militares russos dizendo que veículos armados ucranianos foram destruídos. A Ucrânia negou o informe, classificando-o como “fake news”, e disse que nenhuma força ucraniana esteve presente na região russa de Rostov, onde o incidente teria ocorrido.
O incidente relatado ocorre em um contexto de extrema tensão entre os dois países, e indica mais um acirramento dos ânimos na fronteira, onde o número de militares russos estacionados atualmente é calculado pela Inteligência americana em 190 mil.
No domingo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversou duas vezes com o presidente da França, Emmanuel Macron, no telefone. O segundo telefonema ocorreu à 1h da manhã de Moscou na madrugada de domingo para segunda-feira.
Macron propôs uma cúpula entre o presidente Biden e Putin, disse a Presidência francesa, mas o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, não confirmou que os preparativos para tal reunião começaram. Segundo ele, é prematura falar de uma cúpula antes do encontro previsto para quinta-feira entre os chefes das diplomacias americana e russia, Antony Blinken e Sergei Lavrov.
Putin convocou hoje uma reunião do seu Conselho de Segurança Nacional e também deve conversar com o chanceler alemão, Olaf Scholz, por telefone. Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, o telefonema foi coordenado com Macron, que atualmente ocupa a presidência da União Europeia.