Pelo jeito Rivaldo Soares deve continuar dando dor de cabeça aos dirigentes do PMDB. Ele não aceita a expulsão do partido e diz que o mesmo foi marcado sem os trâmites constantes no Código de Ética da legenda. Na última terça (28), o político foi a sede do partido no Recife, com a intenção de buscar cópia do processo para fazer uma nova defesa, que segundo ele, será encaminhada à Comissão de Ética da Executiva Nacional.
No entanto, o político alega não ter tido êxito e disse que vai entrar na justiça comum para evitar a expulsão. “Eles não me entregaram o processo alegando que o mesmo não estava na sede do partido, o que é mais uma irregularidade. Hoje entrarei com um mandado de segurança na justiça comum para obter os documentos necessários à minha defesa”, explicou.
Rivaldo analisa ainda que a tentativa de tirar ele da legenda está ligada a eleição do diretório que ocorrerá no início do próximo mês. “Pelo que estou informado, o prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio, vai mesmo disputar a presidência do partido. Isso tem provocado declarações do deputado Gustavo Negromonte, sobrinho de Jarbas Vasconcelos e do único vereador eleito pelo PMDB no Recife, André Ferreira, de forma até agressiva contra Lóssio, que está se articulando e só lançará a candidatura no momento certo”, aposta.
Para Rivaldo, a lembrança dele ao nome de Lóssio é uma das motivações do grupo liderado pelo senador Jarbas Vasconcelos. “O ódio deles é que fui eu quem lançou a ideia de Lóssio presidir o partido e disputar o governo do estado. Isso fatalmente fez com que o PMDB nacional entrasse na questão e tentará tirar o partido da base de apoio de Eduardo Campos, o que deixará Jarbas e Raul Henry em maus lençois”, desabafa.