Será realizada amanhã em Caruaru uma Audiência promovida pela Frente Parlamentar de Comunicação. O presidente da Frente, deputado Ricardo Costa, explica qual a meta desse encontro. Então, vamos a entrevista…
Qual a meta principal da Frente Parlamentar de Comunicação?
A Frente Parlamentar de Comunicação foi criada no intuito de conhecer melhor as dificuldades de um setor que entendemos precisar acompanhar o crescente desenvolvimento que Pernambuco vive. Tendo uma fatia significativa do PIB no estado, a Comunicação precisa “destravar” tudo aquilo que não a deixa ser um grande vetor da nossa criação intelectual.
O que será debatido nessa sexta em Caruaru?
Debateremos essencialmente os seis eixos que se tornaram a base do nosso trabalho: Comunicação Participativa, Economia, Educação, Instituições, Legislação e Mídia Digital. Dentro desses eixos foram formulados vários temas pelas entidades de classe e profissionais da educação que nos deram a base para o início das audiências. São temas que versam sobre os mais variados anseios do setor.
Após os debates o que será feito para melhorar a situação da Comunicação no interior de Pernambuco?
Ao final das audiências públicas em todas as regiões de Desenvolvimento, será gerado um documento oficial que será a radiografia das dificuldades do setor no estado e suas respectivas soluções. Devemos lembrar que o papel constitucional da Assembleia Legislativa de Pernambuco é de debater projetos de lei, indicações e requerimentos para que possamos através destes instrumentos transformar dificuldades em realidade. A ampla discussão nas comissões específicas renderá farto material para aprovação em plenário.
Qual a situação da Comunicação no interior de Pernambuco?
Temos encontrado algumas situações difíceis nas visitas que fizemos até agora. Além das audiências especificas por eixo na Região Metropolitana, já realizamos sete pelo interior e no ano passado completaremos com os sertões e o que temos constatado é uma crescente preocupação com o grande numero de blogs que não respeitam o direito de resposta, rádios comunitárias e educativas descumprindo legislação e inúmeras sem autorização de funcionamento, comunicação urbana irregular, além de outras questões. Mas não são só dificuldades. Ao mesmo tempo, estes mesmos veículos promovem uma inserção da sociedade local que a chamada Grande Mídia não retrata, nem destaca.
Como o senhor avalia o trabalha da Frente em todas as cidades que foram realizados os debates?
Avaliamos como positivo e cheio de expectativa para os desafios que ainda vamos viver com o debate na Assembleia. Passamos a conhecer um pouco mais da realidade local e temos fé que faremos o melhor possível para alavancar o desenvolvimento da cadeia produtiva da Comunicação.
Muito foi debatido, mas o ano está quase acabando. Como a Frente vai agir para que o ano que vem seja tão produtivo como em 2011?
Vamos intensificar ainda mais nossos trabalho. As audiências serão retomadas ainda em fevereiro, mas em janeiro faremos visitas técnicas às cidades do sertão onde serão realizadas as audiências que ainda faltam no interior. Já em maio, teremos o primeiro esboço do documento, para entregá-lo integralmente ao conhecimento da sociedade pernambucana. O trabalho terá sido feito e com a graça de Deus, iremos debatê-lo com intensidade na Casa de Joaquim Nabuco.