Resultado do Pacto pela Vida gera divergência entre deputados

Mário Flávio - 08.05.2013 às 18:25h

O balanço dos seis anos de existência do Pacto pela Vida ganhou análises diferentes das bancadas do Governo e da Oposição na Assembleia, nesta quarta (08). Para o líder governista, Waldemar Borges (PSB), o programa é uma das políticas de segurança pública mais interessantes já desenvolvidas no País. O parlamentar destacou que a iniciativa contribuiu para a redução expressiva do número de homicídios e, no mês passado, houve um dia em que não ocorreu nenhuma morte violenta, fato que não acontecia desde 2004.

O deputado reconheceu a perseverança do governador Eduardo Campos, que apostou na redução do quadro de violência do Estado. Borges sugeriu que a Comissão de Justiça realize uma audiência pública para debater os resultados do Pacto pela Vida.

João Fernando Coutinho, Raquel Lyra e Ângelo Ferreira, todos do PSB, lembraram que muitas vidas foram salvas graças ao Pacto pela Vida e que, enquanto em todos os Estados do Nordeste a criminalidade aumenta, em Pernambuco os números são decrescentes. Os deputados ressaltaram que é preciso valorizar os avanços já conquistados.

O líder da Oposição, Daniel Coelho (PSDB), por outro lado, afirmou que houve uma redução razoável de crimes contra a vida, mas a população continua com a mesma sensação de medo e insegurança de antes da implantação do programa. O deputado informou que, segundo o estudo Mapa da Violência 2013, elaborado pelo Centro de Estudos Latino-americanos, Pernambuco é o sexto Estado do Brasil com maior número de óbitos por arma de fogo. O parlamentar destacou que, se forem analisados os números das incidências de crimes como roubo, estupro e tráfico de drogas, os dados ainda são alarmantes.

Terezinha Nunes, também do PSDB, Maviael Cavalcanti, do Democratas, e Ramos, do PMN, concordam que não há o que comemorar porque a violência aumentou devido à falta de investimentos em políticas sociais.