Desde que o polêmico projeto do BRT entrou na pauta da Câmara Municipal, que é motivo de muita polêmica entre as bancadas de situação e oposição. A principal critica da bancada contrária ao governo é o valor dos juros. Para justificar a insatisfação, o vereador Evandro Silva (PMDB) – que segue afastado das funções pela justiça -, usou o exemplo de recursos conseguidos pela prefeitura de Jaboatão, governada por um prefeito do PSDB, principal partido de oposição ao governo federal.
“Caruaru para ganhar o dinheiro do BRT é com empréstimo, mas vejam o exemplo de Jaboatão dos Guararapes, com verbas conseguidas pelo deputado federal Sérgio Guerra, um deputado de oposição, foram mais de 300 milhões de reais sem o município ficar devendo nada. Sou a favor do protejo e voto nele, mas desde que os juros baixem, os valores são absurdos”, expôs.
O advogado Ivaldeci Hipólito apresentou vários questionamentos sobre a situação financeira do município e pediu mais transparência a respeito do projeto. Ele disse ainda que o município para fazer o empréstimo, precisa estar adequado a Lei de Responsabilidade Fiscal, o que segundo ele, não ocorre hoje. “Para discutir a mobilidade urbana não é necessário ir muito longe. O que me preocupa é quem vai pagar a conta? Dizer que esse projeto não retira dinheiro da saúde ou educação é rasgar a Constituição. O pagamento dessa obra será via do FPM. Não chegou ao conhecimento de nenhum cidadão de Caruaru sobre o impacto financeiro. Essa discussão tem que ser muito mais ampla, pois não existe nenhum estudo que mostre aumento de receita. Essa Casa deveria pedir até mesmo ao Tribunal de Contas que um corpo de técnicos avalie essa situação. Para fazer esse tipo de empréstimo, a cidade deve estar de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, com uma arrecadação até 51% e hoje a cidade está hoje com mais de 56%. O mais relevante ainda é ouvir do representante das empresas de ônibus, que é a pessoa que mais entende do assunto, diz que com apenas 20% desse valor resolveria toda questão”, rebateu.