Por Inaldo Sampaio
Após notar que o PSB de Pernambuco está numa luta desesperada para ter o seu apoio nas próximas eleições, o PT passou a fazer uma série de exigências que os socialistas seguramente não irão aceitar. Uma delas é a retirada da candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, ao governo de Minas Gerais, para apoiar a reeleição do governador Fernando Pimentel (PT). Lacerda é um dos candidatos preferenciais do PSB juntamente com Paulo Câmara (PE), Márcio França (SP), Rodrigo Rollemberg (DF), Renato Casagrande (ES) e João Azevedo (PB).
Suas chances de se tornar o próximo governador de Minas são reais, depois do desgaste que abalou a imagem do atual governador e do senador Aécio Neves (PSDB), o principal líder da oposição. Ele está em campanha desde 2017 e já visitou até agora, segundo o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, 120 dos 850 municípios mineiros.
Como então sacrificar essa candidatura por mais importante que esse “sacrifício” seja para a reeleição de Paulo Câmara? Não há como. O PSB pode até abdicar de uma candidatura que não seja relevante para o partido, mas a de Lacerda é improvável. Os socialistas estão dispostos a oferecer a vaga de vice ao ex-prefeito do Recife, João Paulo, ou uma vaga de senador a Humberto Costa. Mais do que isto significa dizer que esta aliança corre o sério risco de não concretizar-se.