PSOL enfrenta choque de realidade no Amapá

Mário Flávio - 11.11.2012 às 17:55h

Da Agência Estado

Oito anos depois de sua fundação e de se manter fiel como oposição ao governo federal do PT no Congresso Nacional, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), fundado por petistas dissidentes, assumirá em janeiro a primeira prefeitura de capital, Macapá, no Amapá. O partido tentará mostrar ao País que não é apenas um grupo ideológico fadado a marcar posições de esquerda radical no Legislativo.

O PSOL planeja fazer da cidade a vitrine do programa socialista que defende desde sua criação, em junho de 2004. Mas enfrenta resistências e dúvidas de alas dentro do partido. Para instalar uma plataforma que tem como referência o socialismo venezuelano numa capital que carece de infraestrutura básica e depende de recursos da União e do Estado, o PSOL encara um debate interno: a quem ceder espaço no governo, já que partidos tidos como de direita – DEM, PSDB e PTB – e setores do PT ajudaram a vencer o pleito? E para futuras eleições, com quem formar alianças? A experiência em Macapá pode ser definidora no perfil do partido.