Do JC on line
Nascido em Garanhuns, no Agreste do Estado, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) retornou neste sábado (8) à cidade, mas dessa vez como pré-candidato do PSOL à Presidência da República. Com discurso ácido, ele criticou as coligações costuradas pelo governador Eduardo Campos (PSB), conterrâneo e também presidenciável, e afirmou que o projeto do PSB é o “retrato da velha política”.
Ao assumir a postura de candidato legitimamente de esquerda, Randolfe defende que ele, sim, representa o novo. Durante a passagem pelo Agreste, o parlamentar recebeu a medalha Luiz Souto Dourado, mais alta honraria concedida pela Câmara de Garanhuns.
“A única candidatura com condições de dizer que os que estão postos não vão permanecer no governo é a minha”, afirmou. Segundo o senador, o objetivo é oferecer ao povo brasileiro a oportunidade de ver Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-AP) sentados na bancada de oposição e não ao lado do governo. “Todos os três candidatos (Aécio, Dilma e Eduardo) contam com o apoio destes senhores, representantes do que há de mais velho na política.”
Semelhante à proposta traçada pelo PSB/Rede, o PSOL também fará seminários regionais para disseminar as propostas pelo País. A expectativa é iniciar os encontros em maio. Por enquanto, Recife e Fortaleza são as únicas capitais no Nordeste com passagem garantida.
Questionado sobre a formação das alianças para a disputa nacional, Randolfe acredita que a maior vitória será unificar a esquerda, a partir da aproximação do partido com o PSTU e o PCB. “É inaceitável o Brasil não ter uma esquerda constituída”, disse. Esta semana, haverá novo encontro entre PSTU e PSOL, em Brasília, articulada pelo presidente nacional da sigla, Luiz Araújo.
O senador também foi categórico ao afirmar que na campanha dele não entrará dinheiro de “banqueiros, nem de senhores do latifúndio ou do agronegócio.”