Promotores encontram 61 irregularidades na rede de saúde de Caruaru

Mário Flávio - 06.03.2012 às 14:28h

Uma série de irregularidades em unidades e equipamentos da rede municipal de saúde de Caruaru (Agreste) levou os promotores de Justiça de Defesa da Cidadania do município, Geovany de Sá Leite e Frederico José Santos de Oliveira, a recomendarem à prefeitura de Caruaru a realizar intervenções para melhoria da estrutura física e do atendimento à população. No texto da recomendação, publicada na edição desta terça-feira (06) do Diário Oficial, os promotores elencaram 61 irregularidades, entre falta de pessoal, problemas com limpeza e na estrutura física dos prédios e serviço deficiente.

Os alvos da ação dos representantes do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) são as unidades do Programa Saúde da Família (PSF), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Vassoural, a Policlínica do Salgado, o Hospital Municipal Manoel Afonso, a Policlínica do Idoso, o Hospital Cardiológico de Caruaru (HCC), a Casa de Saúde Bom Jesus e o SAMU.

Os problemas existentes vão desde infiltração de água de esgoto nos hospitais, passando por falta de banheiros em algumas enfermarias, ausência de médicos e armazenamento inadequado de alimentos. Foi através de filmagens, relatórios técnicos e depoimentos que os promotores verificaram a precariedade na rede municipal de Saúde. O prefeito, a secretária e os responsáveis pelas unidades de saúde e serviços citados terão prazos de 20, 30, 60 e 90 dias, dependendo da gravidade do caso, para que todos os problemas sejam sanados.

Os gestores terão, por exemplo, que registrar diariamente a ausência de médicos aos plantões e relacioná-los em planilha com anotações do motivo da falta e das providências tomadas a respeito; reparar os problemas das redes elétricas, “eliminar insetos e roedores no ambiente interno dos hospitais” e adquirir utensílios, materiais e instrumentos  de trabalho como geladeiras, freezers, maca de transporte e cadeiras de roda.

Esta é a terceira recomendação expedida pelo MPPE que envolve a prestação de serviço de saúde em Caruaru em menos de 10 dias. As duas primeiras questionavam o Hospital Regional do Agreste (HRA), gerido pela secretaria estadual de Saúde, quanto à precariedade no atendimentos à população e quanto à contratação de médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem sem concurso público ou sequer contratados temporários de trabalho.

Fonte: ASCOM MPPE