Após dez dias de greve dos professores da rede municipal do Recife, a categoria aceitou a proposta de reajuste oferecida pela prefeitura do Recife.
A decisão foi tomada em uma assembleia na tarde desta sexta-feira (18), no Teatro da Boa Vista, no Centro da cidade.
A partir da segunda-feira (21), as aulas presenciais serão retomadas nas escolas municipais da capital.
Professores que recebem até o piso salarial vão ter 33,23% de reajuste. Para os profissionais que trabalham 200 horas/aula, o salário vai passar de R$ 2.886 para R$ 3.845,63. Em fevereiro, o Ministério da Educação (MEC) aumentou de R$ 2.886 para R$ 3.845,63 o piso do magistério.
Para os professores que já ganhavam acima do piso, no entanto, o reajuste foi de 23%, além de um abono salarial de 12% em cima do salário de abril até dezembro. Esse abono será pago de uma vez, no mês de abril. Antes, a proposta da prefeitura para quem já progrediu na carreira era um reajuste de 13,06%, o que os servidores achavam ser injusto, e também não tinha sido oferecido abono.
O Sindicato dos Professores Rede Municipal do Recife (Simpere) pedia que o reajuste de 33,23% fosse para toda a categoria, mas a prefeitura só aceitava dar esse número para os que estão no primeiro nível do Plano de Cargos e Carreiras da cidade.
Após uma negociação, o aumento que o executivo municipal concedeu do 1º ao 10º nível do Plano de Cargos e Carreiras ajustou os salários de todos que estavam abaixo do piso salarial estabelecido pelo MEC.
Segundo Telma Ratta, diretora do Simpere e integrante da mesa de negociação, a hora/aula dos professores do 1º ao 10º nível passam a ter o valor de R$ 19,23. Ela contou que, com o reajuste sendo feito de forma desigual ao longo dos anos, professores que estão iniciando a carreira passaram a receber o mesmo de quem atua há dez anos na profissão.