Professores da rede municipal de Paulista decretam estado de greve

Mário Flávio - 05.04.2013 às 11:12h

Os professores da rede municipal de Paulista estão em estado de greve até a próxima quinta-feira (11/04) como forma de pressionar a Prefeitura a cumprir a Lei Nacional do Piso. Na data em a paralisação de advertência chega ao fim, a categoria terá a 4ª rodada de negociação com o órgão municipal para tentar chegar a um acordo. “Caso não haja resultado favorável, vamos paralisar as atividades no dia seguinte”, garantiu Gilberto Sabino, presidente Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Paulista (Sinprop).

A deliberação do estado de greve foi definida em assembléia realizada nesta quinta-feira (04). Com a paralisação em definitivo das atividades, cerca de 1.200 professores vão cruzar os braços. Com isso, mais de 20 mil alunos em 60 unidades de ensino vão ficar sem aula por tempo indeterminado. Além do Piso, os professores também reivindicam da Secretaria de Educação do Município o 1/3 de aula atividade.

A comissão formada por professores e representantes do Sindicato se reúne com os secretários de Educação, Finanças e Administração, no próximo dia 11, às 8h, na Secretaria de Educação. Na ocasião, a categoria também realiza ato público e apitaço em frente à sede do órgão municipal. De lá, dependendo do resultado da reunião, os professores devem sair em passeata até o Fórum do município para protocolar ação judicial contra a Prefeitura de Paulista.

Na última rodada de negociação, realizada no dia 03, o secretário de Educação, Valdek Santos, propôs 8% de reajuste, porém a categoria não concordou com o valor. “Os professores querem o piso salarial e, em cima dele, a gratificação. Não a incorporação como a Prefeitura está indevidamente fazendo. Nas reuniões, o secretário de Educação diz que a arrecadação do município diminuiu, mas não nos mostra números, nem tampouco diz quanto o cumprimento da Lei do Piso vai impactar na folha do município”, destacou Sabino.

REMUNERAÇÃO

O salário base do professorado de Paulista com 200 horas/aula sem gratificação corresponde ao valor de R$ 908,00. Entretanto, para alcançar o valor do Piso, a prefeitura acrescenta 60% de gratificação para que no contracheque dos profissionais conste o valor total de R$ 1.452,80. A quantia, entretanto, ainda não chega ao valor determinado na Lei do Piso, que é de R$ 1.567,00.