Presidente do Senado anuncia filiação ao PSD e quer disputar presidência em 2022

Mário Flávio - 22.10.2021 às 12:04h

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), confirmou, na manhã desta sexta-feira (22), a saída do DEM e a ida para o PSD.

“Comunico que, nesta data, tomei a decisão de me filiar ao PSD, a convite de seu presidente, Gilberto Kassab. Agradeço aos filiados, colegas e amigos do Democratas de Minas Gerais e de todo o país o período de convivência partidária saudável e respeitosa”, escreveu Rodrigo em rede social.

O atual partido de Pacheco, o DEM, decidiu se fundir com o PSL. O resultado do movimento é o União Brasil. A nova sigla de direita terá fartos recursos dos fundos Partidário e Eleitoral.

“Meus agradecimentos especiais ao presidente ACM Neto pela atenção a mim sempre dispensada e manifesto meus votos de sucesso ao recém-criado União Brasil, na pessoa de seu presidente, deputado Luciano Bivar”, acrescentou Pacheco.

A filiação é um avanço na expectativa do PSD de que Pacheco seja candidato à presidência da República nas próximas eleições, em 2022.

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo, vê no senador mineiro um nome capaz de quebrar a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e se lançar como o principal nome da terceira via.

Os partidos de centro tentam tomar a vaga do presidente Bolsonaro no segundo turno da eleição. As siglas acreditam que a vaga de Lula, líder nas pesquisas de intenção de voto, está assegurada.

Rodrigo Pacheco tem apenas seis anos de vida pública. Em ascensão meteórica, ele foi eleito deputado federal em 2015 pelo MDB. Ficou na legenda até 2018, quando foi para o DEM e se elegeu senador por Minas Gerais.

Agora, vai para o PSD como pré-candidato a presidente.

No Congresso, o PSD não faz parte da base aliada do governo Bolsonaro. Os principais nomes da sigla fazem duras críticas ao presidente.

Presidente do PSD, Gilberto Kassab tem mantido diálogos com o ex-presidente Lula para uma hipótese de um eventual nome do PSD não avançar ao segundo turno da eleição. Nesse caso, a legenda poderia apoiar o candidato do PT na etapa final do pleito.