Postura de Val relembra legislatura passada

Mário Flávio - 11.04.2012 às 09:00h

O vereador Val (DEM) segue na luta pessoal contra o secretário jurídico da Câmara, Márcio Sales. Ontem na Sessão o líder da oposição voltou a tecer críticas contra a postura de Sales e  usando à Tribuna da Casa, praticamente pediu a cabeça de Márcio ao presidente da Câmara, vereador Lícius Cavalcanti (PCdoB). Num duro discurso, o democrata disse que o setor jurídico da Casa Jornalista José Carlos Florêncio funciona de forma precária e em tom desafiador, exigiu na próxima quinta uma reunião entre o presidente da Câmara, o secretário jurídico e os vereadores e suplentes envolvidos no caso da famígerada verba indenizatória.

A celeuma entre os dois teve início quando o jurista decidiu não apresentar mais defesa dos vereadores e suplentes que tinham sido condenados pelo Tribunal de Contas do Estado a devolver dinheiro, já que diversas irregularidades foram encontradas e se a decisão fosse mantida, todos estariam inelegíveis. Por um erro processual, todos foram absolvidos e o vereador despejou a ira contra o advogado, considerado uma da referência do direito político no interior de Pernambuco. Logo após a decisão, e a enxurrada de críticas de Val, o advogado concedeu uma entrevista a Rádio Cultura e disse que teria vergonha de ter as contas aprovadas da maneira que aconteceu.

Mas o que chamou atenção na Sessão de ontem foi a postura do vereador, que fez um discurso de cunho pessoal e lembrou um passado nada agradável, quando à Tribuna da Casa era usada praticamente por questões pessoais, principalmente na Legislatura passada. Para evitar polêmicas, o presidente da Câmara, vereador Lícius Cavalcanti (PCdoB), minimizou as críticas e disse que o setor jurídico funciona plenamente. “Absorvemos as críticas de Val, mas ponderamos a dizer que o setor está funcionando plenamente na Câmara, com trabalho sempre destacado do advogado Márcio Sales e equipe jurídica”, disse. A exposição de Val, mostra que a lua de mel entre ele e Lícius a cada dia segue próxima de ter fim, principalmente pela postura de Val, que as vezes faz exigências que não cabem mais na atual postura dessa legislatura.