Partidos de direita crescem em quatro regiões; esquerda aumenta no Nordeste

Mário Flávio - 30.10.2024 às 15:55h

O cenário partidário nas prefeituras do país evidencia uma expansão significativa da direita, especialmente nas regiões Norte, Centro-Oeste, Sul e Sudeste, enquanto a esquerda encontra resistência no Nordeste. Liderados pelo PL e pelo Republicanos, os partidos de direita ampliaram presença em quatro das cinco regiões brasileiras, consolidando uma posição de destaque no mapa político municipal. Este avanço indica não apenas uma mudança de perfil dos eleitores, mas também uma reconfiguração de prioridades e pautas que ressoam com as demandas locais.

Na região Norte, o crescimento da direita impressiona: um salto de 35,2% no número de prefeituras, contrastando com uma retração de 50% das siglas de esquerda. Essa mudança reflete uma adaptação às pautas conservadoras e econômicas que têm atraído eleitores insatisfeitos com políticas anteriores e que veem na direita uma proposta alinhada aos valores locais.

No Nordeste, no entanto, a esquerda mantém seu bastião, com um crescimento expressivo de 38,2%, enquanto a direita encolheu 30,2%. Essa região continua sendo um reduto progressista, fiel às raízes políticas tradicionais e a lideranças que há décadas estabelecem alianças sólidas.

O Sudeste testemunhou um crescimento mais equilibrado, embora ainda concentrado à direita (+22,9%), com a esquerda também registrando um avanço (+7,5%). Essa ligeira expansão das siglas progressistas sugere que o eleitorado está diversificado e mais aberto a debater alternativas em centros urbanos de grande influência, como São Paulo e Rio de Janeiro.

No Centro-Oeste, região mais bolsonarista do Brasil, a direita também avançou em 6,9% e a esquerda caiu em -40%.

Por fim, no Sul, a direita expandiu 22,3%, enquanto a esquerda sofreu uma retração expressiva de 26,8%, demonstrando um claro predomínio das pautas conservadoras.

Em suma, a dinâmica nas prefeituras revela uma tendência nacional de fortalecimento da direita, liderada por Republicanos e PL, exceto no Nordeste, onde a esquerda continua a ter um forte apelo, principalmente com PSB e PT.