Para presidente de Sindicato, superlotação no Juiz Plácido de Souza impede ressocialização e agentes trabalham com medo

Mário Flávio - 21.03.2013 às 14:25h

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O Sindicato dos Agentes Servidores do Sistema Penitenciários de Pernambuco se mostra bastante preocupado com o controle e garantia de segurança dos detentos da Penitenciária Juiz Plácido de Souza em Caruaru. O presidente do Sindicato, Nivaldo Júnior, destacou que não há condições para garantir a total segurança interna e acompanhamento dos presos, principalmente devido à superpopulação na unidade prisional.

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“Situação crítica, por conta da superpopulação, uma vez que a unidade comporta em torno de 400, já com ampliação, e hoje há 1400 detentos. É praticamente impossível controlar e manter segurança dos presos nessas condições, o que afeta o trabalho de segurança interna e de acompanhamento dos detentos ao fórum, nas audiências judiciais, além de efetuação de socorro e atendimento médico”, explicou Nivaldo.

Para o presidente do sindicato, os agentes penitenciários trabalham com medo, justamente por conta da superlotação na unidade. Ele reclama que atualmente há uma média de 6 ou 7 agentes por dia, para um universo de mais de mil detentos. A solução, na opinião do sindicalista, deveria ser a iniciativa do governo de Pernambuco para incluir o sistema penitenciário no Pacto pela Vida, com incremento no número de agentes penitenciários e aumento do número de vagas. Pelo que é estabelecido pelo Departamento Penitenciário Nacional, a proporção ideal seria de 1 agente para cada 5 presos. Para Nivaldo, como isso não é realidade em todo o estado de Pernambuco, muito menos em Caruaru, o que apontaria que não há possibilidades de ressocialização efetiva. A diretora da penitenciária, Cirlene Rocha, participará de entrevista no programa Conteúdo nesta sexta-feira (22), para falar sobre o assunto.

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