Para Gilberto de Dora, proposta rejeitada de Liberato lembrou “Lei da Mordaça” durante gestão Tony Gel

Mário Flávio - 14.06.2013 às 11:55h
Gilberto de Dora

Gilberto disse ser contra qualquer tipo de repressão – Crédito: Vladimir Barreto/ASCOM

Pelo visto, em Caruaru cada legislatura tem seu momento de ‘mordaça’. Pelo menos na reunião da Câmara Municipal dessa quinta (14), a ideia não foi engolida e a proposta apresentada de última hora pelo vice-líder do governo, Ricardo Liberato (PSC), para votar previamente solicitações de uso de datashow na Casa, não foi aprovada. O vereador nega que a intenção fosse censurar colegas de oposição que têm criticado a atual gestão municipal, mas o pedido foi criticado, inclusive por vereadores da situação, como é o caso de Gilberto de Dora (PSB). Ele se absteve da votação e lembrou de legislatura anterior  na Câmara,  durante os governos municipais de Tony Gel (DEM), em que valia a chamada Lei da Mordaça, pela qual pedidos de informação dos vereadores tinham que passar por votação na plenária.

No contexto

Base do governo não se entende e pedido de vice-líder é derrotado na Câmara de Caruaru

Ricardo Liberato diz que houve equívoco na interpretação sobre pedido derrotado na Câmara

Isso foi visto como uma manobra da bancada governista da época, na gestão do ex-prefeito Tony Gel (DEM), para frear as críticas da então oposição, a qual Gilberto representava por exercer mandato à época.  “Passou um filme pela cabeça, de quando na gestão municipal de Tony Gel, quando foi votada aqui uma lei para que todos o pedidos de informação fossem aprovadas em plenária. Passei seis anos sem ter o direito de fazer um pedido de informação, porque todas as minhas solicitações eram reprovadas. É uma forma de castrar a liberdade que nós temos, nossa liberdade de fiscalizar”, explicou o socialista.

“De projetos e requerimentos que são sem fundamento, como esse pedido do vereador Ricardo Liberato, eu vou me abster, porque não dá para levar a sério esse tipo de proposta. Sou contra a repressão e o tirar o direito de expressão, vou fazer fotos e vídeos das situações positivas da gestão do prefeito Zé Queiroz”, completou. O pedido de Liberato pegou mal, já que a impressão passada foi de evitar críticas por meio de imagens e vídeo a respeito da gestão do prefeito Zé Queiroz (PDT).