Em síntese, a opinião dos analistas políticos sobre as pesquisas de intenção de voto, divulgadas recentemente para Caruaru, representam que a disputa na Capital do Agreste será acirrada e que não se pode julgá-las de forma emocional. Os especialistas Arnaldo Dantas e Ana Maria Barros, consultados pelo blog, acreditam que é necessário ainda uma terceira pesquisa para avaliar melhor as intenções de voto na cidade nesta atual fase de campanha.

No contexto

Pesquisa Magno/Opinião – Zé Queiroz 43%; Miriam 38%; Fábio José 1,2%

Pesquisa Folha/Exatta – Miriam lidera com 41%; Zé Queiroz tem 34%; e Fábio José 2%

Embora na pesquisa Exatta, na segunda (20), a candidata a prefeita Miriam Lacerda (DEM) tenha ficado liderança, com 41%, e que depois a pesquisa do Opinião, desta terça (22), tenha apresentado Zé Queiroz na frente, com 43%, a analista política Ana Maria Barros acredita que os dois levantamentos devem ser interpretados com calma e diz que nenhum dos candidatos pode cantar vitória.

“É preciso analisar que essa eleição é muito dinâmica, as duas equipes estão trabalhando muito e realizando mobilizações nas comunidades de Caruaru. Na verdade, a segunda pesquisa aponta os reflexos dos esforços da máquina administrativa que a coordenação de Zé Queiroz tem utilizado desde o início da campanha para dar maior expressividade as ações do prefeito”, argumenta a analista.

Quanto às diferenças de dados entre uma pesquisa e outra, Ana afirma que isso configura simplesmente diferenças entre métodos de avaliação. “Essa disparidade revela, em primeiro lugar, que as pesquisas mostram aproximação e não realidade. Isso porque as duas pesquisas utilizaram métodos diferentes e uma amostragem distinta. A da Folha alcançou 400 pessoas, enquanto o Opinião atingiu 600 entrevistados. Dessa forma, aconselho esperar por uma nova pesquisa, de um instituto diferente, para que haja um quadro mais detalhado sobre o cenário eleitoral em Caruaru”, completa.

O analista Arnaldo Dantas concorda com esse pensamento e afirma ainda que os dados devem servir para que as equipes de cada candidato avaliem que a comparação entre os números ressalta que a eleição será difícil. “As pesquisas devem ser entendidas e não questionadas. As duas mostram, em geral, que as eleições serão acirradas. Quando levamos em conta as margens de erro das pesquisas, de 4 pontos para mais ou para menos, percebemos que Queiroz e Miriam Lacerda estão muito próximos, então a partir de agora, entramos em uma nova fase, quando os candidatos vão avaliar quais ações estão dando certo e quais as faixas da população ainda não conseguiram alcançar”, finalizou.