O ano começa com muita dificuldade para a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra. Diferente de 2017, quando assumiu a gestão, a tucana terá que mostrar a que veio e colocar na prática o discurso de gestão moderna.
Entre os desafios estão a Feira da Sulanca, organização do centro da cidade, obras de infraestrutura na periferia, relação com a Câmara, eleição 2018, atualizar o PCC da Educação e a forte oposição que sofre do chamado G7, formado pelas principais líderes da política na cidade.
Feira
A transferência da Feira é uma incógnita. Principal bandeira de campanha de Raquel e a promessa de uma mudança sem ônus para quem não pode pagar. Além disso, o que fazer com o terreno que foi comprado por R$ 11 milhões. O terreno da Fundac será requalificado numa parceria com a iniciativa privada.
Centro
A organização do centro é outro ponto delicado. Muitas pessoas não têm trabalho e recorrem a algum tipo de atividade ambulante. O problema é a bagunça que fica. Na véspera do ano novo, a prefeita anunciou a criação de dois camelódromos, para desafogar. O problema é que a Associação dos camelôs não concorda com os locais.
Periferia
Obras na periferia geram muita reclamação da comunidade. Bairros novos sem estrutura adequada geram uma grande demanda. Ações na saúde, construção de calçamento, criação de áreas de lazer e iluminação podem garantir melhora na avaliação dessas comunidades.
Câmara
A derrota sofrida pela prefeita na Casa de Leis, maior até agora de um Executivo, revela que a relação com os vereadores precisa ser revista. Durante todo o primeiro ano, os parlamentares reclamam da falta de diálogo e querem uma atenção melhor nos pedidos de requerimentos. Até a maneira como são recebidos é questionada pela maioria. A fragorosa derrota contou com votos de pelo menos cinco governistas.
PCC
O polêmico PCC da educação segue sendo alvo de reclamação dos professores sindicalizados. Eles aguardam a revisão do PCC. A mesa de negociação foi criada, mas não avançou nesse ponto. No entanto, no fim do ano passado, Raquel disse que o PCC será reformulado.
G7
O G7 terminou o ano com duras críticas à gestão. O grupo tem como principais peças os ex-prefeitos José Queiroz e Tony Gel. Ambos pontuam diversas ações que na opinião deles poderiam estar melhores. Além deles, o deputado federal Wolney Queiroz, a deputada estadual Laura Gomes, o delegado Lessa, o ex-vice-prefeito Jorge Gomes e a ex-deputada Miriam Lacerda reforçam o bloco de oposição. Todos estarão ao lado do governador Paulo Câmara, que busca a reeleição.
Eleição 2018
Montar o palanque da oposição a Paulo Câmara em Caruaru e seguir no comando da cidade será outro grande desafio. Ainda não se sabe quem será o candidato que o grupo vai apoiar, mas os Lyra terão ainda candidatos a deputado federal e estadual e esse resultado, de forma específica, mostrará como anda a satisfação da população com o governo de Raquel.
Primeiro escalão
Os secretários da gestão precisam melhorar o atendimento, principalmente a demanda gerada na imprensa. Alguns não gostam de conceder entrevista e passaram o ano inteiro de 2017 sem falar aos microfones. Uma estratégia de comunicação que não funcionou no primeiro ano e na opinião da grande maioria precisa ser revista.