Oposição na Assembleia crítica aumento no valor das passagens e lembra promessa de campanha 

Mário Flávio - 18.01.2016 às 19:04h

  
Os líderes da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco subiram o tom contra o reajuste no valor das passagens na Região Metropolitana do Recife, anunciado hoje pelo Conselho de Transportes da Capital. O deputado Silvio Costa Filho (PTB), líder da Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco, destaca que o reajuste penaliza ainda mais quem depende do transporte público.

“Durante as eleições para o Governo do Estado, em outubro de 2014, uma das promessas do então candidato socialista Paulo Câmara foi criar uma tarifa única para a Região Metropolitana, no mesmo valor vigente na época: R$ 2,15. Após tomar posse, em 2015, uma das primeiras ações do governador foi aprovar o aumento de 14%, elevando a tarifa a R$ 2,45, percentual repetido agora, com nova elevação de 14%, para R$ 2,80. Agora, o Governo Paulo Câmara acumula um reajuste de 30% nas tarifas de ônibus, sem nenhuma discussão ou contrapartida em melhorias do serviço”, pontuou. 

A deputada Teresa Leitão, vice-líder da Bancada de Oposição, ressalta o elevado índice do aumento. “O reajuste supera a inflação oficial de 2015 (10,67%), que já foi elevada, e o aumento do salário mínimo (11,67%), penalizando o trabalhador e o orçamento das famílias pernambucanas. É mais uma promessa não cumprida pelo governador do Estado”, destacou.

De acordo com a oposição, hoje, a Capital pernambucana responde por cerca de 35% das 394 linhas de ônibus e das de 26 mil viagens diárias geridas pelo Consórcio Grande Recife. No entanto, a Prefeitura do Recife vem se portando como passageiro do processo, abdicando de fazer valer seu ponto de vista no CSTM. Para os parlamentares da Oposição, o prefeito Geraldo Júlio não pode silenciar, como tem feito, sobre essa discussão. Para o deputado Edilson Silva (Psol), o Governo do Estado atuou junto aos empresários, em vez de agir como mediador do interesse público. “Um dos representantes dos usuários no Conselho pediu vistas com base no regimento (do órgão), e seu pedido foi negado. Mais uma vez faltou transparência no debate sobre aumento de passagem, criticou.