Oposição de Agrestina quer cassar mandato da prefeita Carmem Miriam

Mário Flávio - 10.01.2012 às 08:30h

A noite de ontem foi marcada pela polêmica na Câmara Municipal de Agrestina. Durante a sessão, o vereador Gordo de Zelito apresentou uma denúncia com um processo de cassação contra a prefeita Carmen Miriam (PT). A discussão sobre a mesma durou quase três horas. A série de denúncias apresentadas pelo edil apresentam possíveis infrações político-administrativas cometidas pela prefeita do município, entre elas:
– impedir o regular funcionamento da Câmara; desatender, sem motivo justo e comunicado no período de 30 (trinta) dias, as convocações ou os pedidos de informação da Câmara, quando feitos a tempo e em forma regular; deixar de apresentar à Câmara, no devido tempo e em forma regular, a Proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e a Proposta de Lei Orçamentária Anual-LOA e o Plano Plurianual-PPA.

Votaram a favor da denúncia os vereadores: Zito da Barra, Marciano Filho, Edinho de Santa Tereza e Edinete, ex-aliada de Carmem. Votaram contra: Ivan Véras e Severino Romão. A vereadora Sheyla, da base da prefeita, não compareceu à reunião.

Segundo o vereador Gordo, a prefeita Carmen estava sem mandar documentos requeridos pelos vereadores há mais de 180 dias. Segundo ele, a prefeita impediu que o seu então secretário de Educação, Fábio César de Araújo, fosse à Câmara prestar informações acerca do dinheiro do FUNDEB, que segundo o vereador, não foi aplicado de forma regular nos anos de 2010 e 2011, já que as aulas no município só começaram em março e não em fevereiro, como constam um dos poucos documentos que o Poder Executivo enviou à Câmara.

Ainda sobre a educação, a oposição denunciou o não pagamento do rateio aos professores da rede municipal, aprovado por unanimidade na Casa e dando direitos ao poder executivo de dividir proporcionalmente com os professores as sobras dos recursos dedicados ao melhoramento do ensino municipal. A polêmica deve ganhar novos capítulos nos próximos dias.