Dois “slogans” dignos de boa sorte, que vieram a nominar duas chapas que aspiram ter a maioria do colégio eleitoral, entre os causídicos da terra de Austregésilo de Athayde, que estejam regulares e adimplentes para com a tesouraria. Destarte, ficaram concluídas, em 22 de outubro do corrente, as inscrições para o processo sucessório na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), sub-seccional Caruaru, com a dicotomia da situação versus a oposição, que após 19 de novembro voltará a reunir-se num só corpo coletivo, pois assim exige a convivência da classe, na qual é pacífico que “nenhuma corrente é mais forte do que o seu elo mais fraco” e que é lídimo que a minoria vencida passe a jungir esforços com maioria vencedora para que os nobres ideais não feneçam ao longo do caminho.
Muito salutar que mais de uma opção se apresente, pois o mero referendo não daria tanta legitimidade ao pleito, quanto a escolha de um, entre dois grupos que se apresentam, imbuídos do propósito de trabalhar pelo bem da Ordem e de todos os seus inscritos.
O momento é de campanha eleitoral, no qual admite-se o embate, mas é “conditio sine qua non”, que mantenha-se o respeito mútuo, que haja lisura no proselitismo e na captação dos votos. A campanha eleitoral classista é efêmera, mas nós que fazemos parte da classe, prosseguiremos em nosso desiderato. Cabe aqui parafrasear, o poeta J. G. de Araújo Jorge, ao escrever: “…quando as eleições, as gramáticas e as raças não separarem os homens, pois todos se entenderão, após eleições, sem raças e sem gramáticas e verão, que muito além dos processos de escolha, das raças e das gramáticas, está o homem e só por isso somos iguais e irmãos…”
O título deste simplório arrazoado opinativo, a priori, parece ser antagônico. Parece até que os unidos pela ordem são contra a democracia e a transparência. Ou que, aqueles que defendem a democracia e a transparência, não estão unidos pela ordem. Na verdade a todos interessam a junção de todos os termos. Seja qual for o resultado da eleição, a nova mesa diretora, da OAB/Caruaru, fica com o compromisso de somar os ingredientes abstratos da união, da democracia e da transparência.
Que na matemática do quotidiano do triênio 2013 / 2015, para efeito de convivência, olvidemos a divisão e a subtração, aritmética dos deletérios, para darmos lugar a soma e a multiplicação, tão em voga entre os progressistas. E que para o triênio 2016 / 2018, a chapa vencedora deste atual certame, consiga passar o comando em alvissareiras condições, aos sucessores do porvir.
Enfim, vamos aguardar o tão esperado, 19 de novembro, fatídico dia da eleição. A UNIDOS PELA ORDEM é a de número 20. A DEMOCRACIA E TRANSPARÊNCIA é a de número 10. Assim as nomino, obedecendo à cronologia do pedido de registro, pois a numeração foi por sorteio.
Enquanto eleitor consciente e decidido, já tenho a minha opção. Outrossim, vai meu augúrio de boa sorte a todos e que a campanha seja de elevado nível, até porquê foi a OAB quem disse aos políticos partidários dos últimos pleitos: VOTE LIMPO. E não vão agora, intra “corporis”, os membros/candidatos da Ordem dos Advogados querer manchar o pleito com nódoa indelével.
Severino Melo – Advogado OAB/PE 29.281 – [email protected]