A Direção do SINDECC não consegue entender como é que as Centrais Sindicais e a maioria dos sindicatos de trabalhadores do Brasil decidem por neste dia 1º de maio realizar grandiosas festas, regadas por muita bebida, sorteio de brindes, apartamentos, e até carro 0 km, que na maioria das vezes são financiadas pelo capital explorador (empresários, banqueiros, empreiteiros, ruralistas), ou mesmo pelos Governos Federal, Estadual ou Municipal, enquanto que no dia-a-dia os trabalhadores “comem o pão que o diabo amassou”.
Entendemos que neste dia 1º de maio, as Centrais Sindicais e a maioria dos sindicatos de trabalhadores, deveriam aproveitar a importante data para denunciar ao conjunto da sociedade brasileira e ao mundo, o quanto os poderes econômico, político, judiciário e legislativo massacram o povo brasileiro e em especial, os trabalhadores, os aposentados e os pobres desta grandiosa nação.
Necessário se faz lembrar que no Congresso Nacional, tramitam vários projetos que se aprovados, levarão os trabalhadores e aposentados a “chibata nas costas e correntes nos pés”, como exemplo a flexibilização dos direitos trabalhistas, a terceirização, a extinção do 13º salário e férias, sem se falar no que já aprovaram as caladas da noite e a base de muita propina, tais como: jornada de trabalho aos domingos, banco de horas, estagiários, trabalho temporário, o que tem causado enormes prejuízos à saúde e a vida dos trabalhadores e de seus familiares.
Depois de cooptado por governos e grandes empresas, grande parte do movimento sindical chegou ao fundo do poço, pois esqueceu que capital e trabalho, no atual e perverso modelo político e econômico, jamais poderão sentar-se a mesma mesa, posto que este perverso sistema só pensa no lucro, no acúmulo de riquezas, na concentração de rendas e de grandes latifúndios.
É hora de pensarmos que somos nós os trabalhadores, que produzimos a riqueza deste país. Por isso, temos também, o direito de ser participantes desta riqueza e nunca deixarmos de lutar pelo Meio Ambiente, pela dignidade humana, pela justiça social e por uma vida plena.
Milton Manoel é presidente do Sindecc