No entendimento popular, promessa é algo que alguém nos fala que vai fazer algo e se é cumprido fica a critério de cada pessoa. Porém, falta uma reação da população em entender que é preciso buscar informações sobre o que foi e o que não foi feito. Sendo assim, nossos políticos sentem-se a vontade para fazerem o que querem, pois não há mobilidade social para saber o que está acontecendo com o dinheiro público.
Temos eleições este ano e sabe-se do pouco interesse que existe da população para com a política. É preciso mobilizar, lutar contra o que conhecemos como corrupção. Falar é muito fácil, dizer que a política não presta, que só têm corruptos, só tem isso e aquilo. As palavras são em vão quando não há ação. Para tal, é preciso ir à prefeitura, conversar com o prefeito, ir à câmara dos vereadores, conversar com eles e/ou com aqueles que você tenha mais conhecimento. Questionar, perguntar e analisar são questões importantes para sabermos se o que prometeram há quatro anos foi realizado ou não e com isso, descobrir em quem devemos votar.
Não podemos viver no “vender votos” para garantir um dinheiro sujo. Não podemos achar que a política é assim mesmo e não tem mais jeito. Tem jeito sim. Basta que queiramos está mais presentes em todos os momentos em que tiverem discutindo sobre projetos para nossa cidade. Como é ruim olhar a situação caruaruense, saber que as pessoas ainda se vendem por míseros trocados que lhes é fornecido. Como é triste observar que o jogo político em Caruaru, uma cidade tão desenvolvida como analisam os críticos está ainda na direção de duas fortes linhas políticas.
Acabar com isso? Um sonho. Quando? No dia em que as pessoas começarem a entender que política é coisa séria e que devemos buscar soluções para nossa vida social. Quando as pessoas entenderem que a participação é o melhor caminho para sabermos qual o melhor trajeto, para que no futuro tenhamos uma política renovada.
No último dia 31 de janeiro, houve uma reunião extraordinária para votação em plenária de um projeto do Prefeito José Queiroz. O que mais assusta é saber que diante de um projeto que vai mudar em alguma coisa a população e que esta não se interessa. Estavam presentes, além dos repórteres, duas ou quatro pessoas da sociedade civil (des)organizada. Uma vergonha para uma cidade julgada desenvolvida.
Uma ouvinte que estava presente, até questionou a grande falta da participação feminina nestes ambientes onde o gênero masculino se faz presente em quase sua totalidade. É claro que muitas mulheres caruaruenses (incontável) preferem estar assistindo programas que denigrem a espécie humana, que levam as pessoas a se julgarem incapazes. Muitas preferem assistir novelas, pois o protagonista vai roubar a namorada do outro. Estas poderiam está na luta, em busca de melhorias da saúde pública que anda uma vergonha para todos que utilizam deste sistema.
Deveriam está lutando por uma educação de qualidade e segurança efetiva, já que a cada dia sabe-se de mortes nas ruas e vielas de nossa cidade. Mas não culpo estas (mulheres) por não querer saber de política, pois a sua cultura lhes ensinou que é a melhor coisa, fica de fora e achar que sua cidadania se limita nas votações.
Temos também o do gênero masculino que, não ficam de fora desta situação que se encontra Caruaru. Muitos não querem nem saber da palavra, dizem que política não presta e que para muitos ela é apenas de quatro e quatro anos na urna.
Se pensarmos assim, no futuro, teremos políticos se auto-elegendo, não por falta de eleição, mas por falta de interesse de eleitores. É preciso fazer algo por nossa política. É preciso cobrar mais. Vamos deixar os nossos políticos incomodados, pois este será o primeiro passo de uma política “verdadeira” e consequentemente, os projetos destinados a nossa cidade terão mais a nossa cara e os nossos familiares, amigos alegres por estarem sabendo que ali na praça, na rua, na ponte/viaduto e/ou em qualquer lugar houve a participação da população.