Opinião: Para a “Frente” acordar é preciso! Por Paulo Nailson

Mário Flávio - 10.02.2012 às 11:56h

A edição mais recente do vanguarda (nº 7.456) nos fez recordar 2004. O PCdoB levou até as últimas consequências sua candidatura à majoritária. Na época o candidato da Frente Popular era João Lyra Neto que veio a ser derrotado por Tony Gel por pouco mais de 700 votos. O PCdoB teve 773 votos ajudando a comprometer a eleição da Frente.

Na época o presidente e candidato pelo partido comunista era Eduardo Guerra, vindo depois a colaborar na gestão de Tony. Guerra, quando disputou em 2008 uma vaga na Câmara pelo PCdoB teve 535 votos.

Mais recentemente a Frente Popular retoma o comando da cidade. Guerra passa a servir na gestão de Queiroz na Ciência e Tecnologia, vindo depois a colaborar na interlocução do governo numa secretaria estratégica e importante, dessa vez estando ele já no PT.

O PCdoB passa a ter nova direção e consequentemente um novo presidente. Lícius Cavalcanti posteriormente assume também a presidência da Câmara, subistituindo um petista.

Depois de passar pelo PPS Lícius se candidata pela primeira vez a vereador pelo PT em 2004 e alcança mais de mil votos. Depois, Cavalcanti se candidata pelo PCdoB em 2008 e elege-se vereador com 2.256 votos.

Lícius não impõe a sua candidatura ao majoritário, mas põe-se a disposição da Comissão Partidária para cumprir esta missão se assim ela entender necessária.

No Executivo o PCdoB tem atualmente 1 Ministro, 42 Prefeitos e 66 Vice; no Legislativo 2 Senadores, 14 Deputados Federais, 18 Deputados Estaduais e 608 vereadores e, pretende ampliar esse quadro.

Queiroz já sinalizou que vai haver diálogo em busca de um entendimento.

Desconheço a autor da frase, mas o recardo é bem pertinente: “A melhor maneira de conduzir uma negociação de sucesso é fazer com que todas as partes fiquem satisfeitas ao fechar um acordo.”

 32 anos se passaram…

O Partido dos Trabalhadores foi fundado no dia 10 de fevereiro de 1980, no Colégio Sion, em São Paulo. O Partido surgiu da organização sindical espontânea de operários paulistas, liderados por Luiz Inácio Lula da Silva e outras lideranças de trabalhadores, no final da década de 1970, dentro do vácuo político criado pela repressão do regime militar aos partidos comunistas tradicionais e aos grupos de esquerda então existentes. Assim, o PT foi fundado com um viés socialista democrático. O Partido dos Trabalhadores foi oficialmente reconhecido como partido político pelo Tribunal Superior de Justiça Eleitoral no dia 11 de fevereiro de 1982.

Aniversário será comemorado nesta sexta (10) em encontro com foco em estratégias para eleições municipais. Aliança com PSD em São Paulo, como quer Lula, e chapa própria em Belo Horizonte contra aliado do PSB, motivo de guerra em Minas, expõem dilemas, como os de Pernambuco. Embate estadual com tucanos em 2014 dita negociações. Com 552 prefeituras, PT Brasil deseja avançar, mas qual a meta?

UMA NOVA SOCIEDADE É POSSIVEL…

“Eu não aprendi nada com esse episódio, apenas confirmei o que eu já sabia: muita coisa precisa mudar. A gente tem que fazer um pouco para as coisas poderem mudar. Espero que o meu caso sirva de exemplo. Que as pessoas lembrem do meu caso e passem um ensinamento para os seus filhos. Pequenas atitudes vão mudando as coisas. Não adianta porque o mundo não muda de uma hora para a outra.” Vítor Suarez Cunha (Estudante espancado ao defender mendigo).

Paulo Nailson é militante político com atuação em movimentos sociais, Membro da Articulação Agreste do Fórum de Reforma Urbana (FERU-PE) e Articulador Social do MTST. Edita a publicação cristã Presentia. Foi filiado ao PT por mais de 10 anos. Cursa Serviço Social