Não se constrói mais política na força do achismo ou das histórias de construções pessoais e individuais do passado. Pois ninguém faz nada sozinho. Política é feita de empenho coletivo, de aglutinação de forças e de alianças que gerem o crescimento de uma nova visão, que envolva avanços sociais e econômicos pautados não de promessasmas de conceitos, de campanhas que envolvam proposituras conscientes e objetivas com respostas imediatas e com ações locais mas com interações globais.
Como compreender as eleições de prefeito em 2012.A vitória de ACM-NETO-DEM em Salvador-BA. A mentalidade dos soteropolitanos compreendeu que, mesmo ACM-Neto sendo de um governo de direita, representando as raízes do coronelismo, apresentou um jeito novo e diferente de fazer política. Sem omitir seu passado transferiu a idéia e a concepção que podia dar certo transferindo os avanços como respostas.Venceu o Novo!
Geraldo Júlio-PSB Recife- PE. Pela indefinição política do PT em ter um plano de projetos, pois desejava administrar mais 4 anos uma prefeitura, a qual já governava a 12 anos. O PSB-PE uniu as forças possíveis e impossíveis da base do Governador Eduardo campos e apresentou uma proposta chamada Geraldo Julio e por que desejava ser prefeito de Recife.Transferindo uma proposta do novo que tinha uma convicção de ter uma discussão voltada diretamente para os recifenses e não feita de brigas internas de partido, mas sim que desejava decidir os rumos de uma cidade.Venceu o Novo Geraldo Júlio
Fernando Haddad-PT São Paulo. Transformou o oculto no mais real. Transferiu a convicção de que não desejava ser prefeito somente porque que era de um partido político de esquerda que vem transformando o Brasil, não só polarizou seu discurso no campo partidário, mas ultrapassou fronteiras dos diversos debates sociais que envolviam a cidade de São Paulo. Daí, partiu na busca dos debates pelo novo, pela construção de que, ter capacidade é visar o desenvolvimento de um todo contra uma política de atraso, não citando quem era atrasado, mas citando idéias. Que o novo é resultado de construção sólida.Venceu o Novo!
Esta concepção pelo novo é o que tem atraído cientistas políticos e os mais diversos segmentos a pensarem diferente de como fazer política.
O novo são os políticos, partidos ou será mesmo que a mente do eleitorado brasileiro mudou?
O eleitor brasileiro não tem olhado as picuinhas nanicas de políticos conservadores e ainda sedentos do poder, mas tem tido um olhar diferente para concepção de uma junção na construção no campo das idéias e não dos acordos do coronelismo, das máscaras e das fantasias. O eleitor brasileiro está visando o coletivo.
Desarmam-se os palanques, e aqueles que querem perder o seu precioso tempo direcionando críticas vencidas pelo voto, com a concepção de que podem ou querem aquilo, não constróem uma sociedade pautada pelo desenvolvimento, nem mesmo uma nova construção para o crescimento de suas cidades.
A nova política é pautada pelo campo das idéias e não dos desejos individuais e de auto afirmações pessoais, não é uma concepção de gestões que outrora sentavam na poltrona e faziam o que queriam. Muito pelo o contrário. Destaca-se o exemplo que o Prefeito de Caruaru-PE deu em criar uma equipe de transição logo após o anúncio de sua reeleição. Este é o jeito novo de fazer política. É entender e se fazer entender que o mandato anterior não necessariamente deve ser o proxímo, é convergir novas idéias e sinergizar um novo conceito de gestão de metas, resultados e monitoramentos. Isto é tratar bem a administração pública.
Esta nova política está mudando os horizontes da administração pública no Brasil, ela está transcendendo os acordos palacianos, ouvindo e envolvendo a sociedade civil de um modo geral nos debates e transformando tudo em questões coletivas. Transferindo responsabilidades que não são mais somente de um gestor público, mas de todos os agentes públicos envolvidos e prezando fortemente pela transparência, visando exclusivamente o bem comum de todos. O perfil do bom gestor no seculo XXI da Nova Política é o daquele que respeita os recursos públicos, que exerce a transparência na administração, que possue metas e resultados, e dá respostas concretas para os problemas sociais e econômicos de sua cidade. Um governo que escuta, propõe e age democraticamente.
*Divanilson Galindo é Militante do Partido dos TrabalhadoNes-PT
Vice presidente do Conselho Municipal e Meio Ambiente de Caruaru