Opinião – A eleição 2012 e as redes sociais – por Conceição Ricarte*

Mário Flávio - 22.04.2012 às 12:42h

Ainda que as redes sociais tenham ganhado bastante relevância nas eleições de 2010, o impacto delas no jornalismo vai ficar mais visível este ano. A campanha eleitoral 2012 vem dando maiores chances de candidatos buscarem seus eleitores através da internet.

Há quase 50 anos, a televisão é considerada a arma mais poderosa nas campanhas eleitorais. Na última década, porém, a internet assumiu um papel fundamental na política. A chegada de Obama à presidência dos Estados Unidos impulsionou de vez o uso da rede e das mídias sociais como ferramenta de comunicação para candidatos e partidos. Outro exemplo foi à formalização da pré-candidatura de José Serra a prefeito de São Paulo pelo Twitter. Ele optou por usar a Internet para anunciar sua decisão, após ter desconversado diversas vezes no offline qual seria seu destino político.

E, depois de tanto mistério, o que levou Serra a escolher a plataforma de microblog para se lançar na corrida eleitoral? Simplesmente, a força do Twitter como ferramenta de marketing político eleitoral. O potencial de levar a notícia a todos os cantos conectados do país. Seus mais de 900 mil seguidores poderiam replicar a mensagem de modo quase instantâneo. Assim, não só São Paulo, mas o Brasil online estaria sintonizado no novo projeto político de José Serra. Deu certo. Serra foi amplamente retuitado e, quinze minutos depois, todos os portais davam seus tuites como destaque. Da web, foi para a TV e os jornais do dia seguinte.

Aqui em Caruaru, alguns políticos começam a dar os primeiros passos na rede, ainda de forma primária, às vezes errada, mas estão lá conectados. Os eleitores é que fazem a festa… críticas e factoides espalhados em todas as mídias sociais. Em todo caso, as plataformas de internet de um candidato ou correligionário é um conteúdo que pode ter bastante consistência política. Pode servir como indicação de alianças, de propostas, de rupturas e definir ou estagnar o seu futuro dentro da política.

E digo mais, não há dúvidas de que, quando a campanha começar, em julho, as redes vão pegar fogo. É nelas que serão construídas e repercutidas as principais notícias das eleições de 2012. E aqui na cidade, promete ser um ano eleitoral 2.0, no mínimo, enriquecedor.

*Conceição Ricarte é jornalista, com pós graduação em Assessoria de Imprensa, Chefe de Redação da Rádio Cultura do Nordeste, analista de social media e apaixonada por internet e tecnologia.