O vice pode virar uma dor de cabeça

Mário Flávio - 11.01.2012 às 08:00h

A escolha do vice é sempre o centro de muito debate no ano eleitoral. A história recente da política local mostra que aliados, que em alguns casos, foram essenciais se tornam adversários e no próximo pleito fazem questão de enfrentar os antigos parceiros. A cidade de Agrestina é um bom exemplo disso. Em 2008, a prefeita Carmem Miriam (PT) foi eleita para governar a cidade. Ao seu lado, estava o jovem empresário Thiago Nunes, que para muitos foi o fiel da balança na eleição, que derrotou o candidato de Josué Mendes. Após a posse de Carmem Miriam, não se passaram nem quatro meses e houve o rompimento da prefeita com o vice.

O resultado da celeuma é que ambos irão disputar a prefeitura em 2012. Thiago Nunes já disse que não vai medir esforços para ser eeleito e conta com o apoio do ex-prefeito Josué Mendes. Já Carmem, confia na continuidade e afirma que faz um bom governo na Terra das Andorinhas. Situação semelhante se dá na cidade de Bezerros. Em 2008, foram eleitos Bete de Dael (PR) e Carlos Francisco (PCdoB). Os dois também não se entenderam e serão adversários na eleição desse ano. O clima na Terra do Papangu é pra lá de tenso e o debate já começou.

Em Caruaru, já aconteceu situação semelhante. Quando foi eleito pela primeira vez, o prefeito Tony Gel, enfrentou problemas com o vice, na época Dr. Walter Souza. Os dois só se reaproximaram no fim do mandato e para a reeleição, o candidato a vice de Gel foi Roberto Liberato, a quem o então prefeito chamava de amigo-irmão. Liberato renunciou ao mandato de vice para se manter na Assembleia Legislativa e a cidade ficou sem vice-prefeito. Liberato e Tony Gel romperam e hoje estão em lados opostos. É, em muitos casos, o vice pode virar uma dor de cabeça para os prefeitos.