Em toda campanha eleitoral, o “baba ovo” — aquele apoiador fervoroso que elogia o candidato em todos os momentos, independentemente das circunstâncias — é uma figura inevitável. Seu entusiasmo e lealdade podem ser essenciais para manter a moral alta e criar uma atmosfera positiva ao redor do candidato. No entanto, se a campanha se limitar apenas a esse tipo de apoio, corre o risco de se tornar uma bolha de autocomplacência, na qual críticas construtivas e ajustes necessários são ignorados.
É justamente aqui que entra a importância de um núcleo crítico dentro da campanha. Esse grupo de pessoas, composto por assessores, estrategistas e aliados de confiança, tem a função de fornecer feedback honesto e construtivo, apontando erros, avaliando estratégias e sugerindo mudanças quando necessário. O núcleo crítico não é inimigo do candidato; pelo contrário, é um dos maiores aliados na busca pelo sucesso eleitoral.
Enquanto o “baba ovo” mantém o moral elevado e ajuda a consolidar uma base fiel de apoiadores, o núcleo crítico garante que a campanha permaneça ágil e adaptável, respondendo de maneira eficaz aos desafios e mudando de rumo quando necessário. Sem esse equilíbrio, o candidato corre o risco de perder o contato com a realidade e de não perceber as mudanças no cenário eleitoral até que seja tarde demais.
Portanto, enquanto o apoio entusiástico é necessário e bem-vindo, é igualmente essencial que os candidatos cultivem e escutem vozes críticas dentro de sua equipe. Somente assim poderão construir uma campanha forte, resiliente e preparada para enfrentar os desafios inevitáveis que surgem ao longo de uma disputa eleitoral. A combinação de entusiasmo e crítica construtiva é o que mantém a campanha no caminho certo, evitando que o candidato se perca em meio a elogios vazios e promessas ilusórias.