Nova greve não está descartada por caminhoneiros

Mário Flávio - 07.06.2018 às 07:09h

A categoria dos caminhoneiros acompanha com atenção o andamento das negociações em Brasília sobre a alteração aos preços mínimos do frete. Segundo informações divulgadas pelo jornal Estado de São Paulo, a preocupação é que o lobby das grandes empresas consiga derrubar o recente acordo conquistado com o governo, que resultou no fim da paralisação. “Se essa tabela cair, vai ter uma greve pior que a última”, afirmou o representante do Comando Nacional do Transporte (CNT), Ivar Luiz.

“E aí não vai ter negociação, pois eles vão querer provar para o mundo que são fortes, vai ser uma grande revolta”, completou Ivar, que foi o líder da paralisação de 2015.

A tabela de preço mínimo do transporte rodoviário – definida às pressas pelo governo para interromper a greve na semana passada – é considerada a maior vitória dos caminhoneiros nos últimos tempos. Mas, diante da reação do empresariado (principalmente representantes do agronegócio), eles começam a temer que essa conquista esteja com os dias – ou horas – contados.

Mas, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), informou que vai atualizar a tabela com os fretes mínimos para o transporte de cargas, além de abrir uma consulta pública sobre o tema.