Não há saída fácil para o PT pernambucano, por Inaldo Sampaio

Mário Flávio - 12.10.2017 às 07:04h

Marília Arraes

O PT de Pernambuco está numa situação difícil para as eleições do próximo ano. Tem três alternativas pela frente, mas nenhuma delas atende às expectativas do partido no sentido de, a um só tempo, manter-se no campo da esquerda, diferenciar-se das forças políticas que apoiaram o impeachment de Dilma e garantir a eleição de pelo menos dois deputados federais.

A primeira alternativa é o retorno à Frente Popular, que seria o desejo do ex-presidente Lula, com o senador Humberto Costa disputando a reeleição na chapa de Paulo Câmara. Ocorre que o PSB do governador votou pelo impedimento da ex-presidente. A segunda seria repetir a aliança com o PTB e apoiar o senador Armando Monteiro à sucessão estadual.

Só que o PSDB e o DEM poderão estar nesse palanque e isto não convém aos petistas. Resta a alternativa da candidatura própria através da vereadora Marília Arraes, que se dispõe a encabeçar a chapa. No entanto, como esta última hipótese é a mais arriscada para o partido, que correria o risco de ficar no isolamento e não eleger ninguém à Câmara Federal, é a que menos agrada ao ex-presidente Lula.