Na Folha, Queiroz volta a falar em corte de gastos

Mário Flávio - 04.12.2012 às 08:28h

Da Folha de Pernambuco

No complicado cenário econômico que se apresenta no País, o prefeito reeleito de Caruaru, José Queiroz (PDT), não elimina a possibilidade de empreender cortes de gastos na sua futura gestão. No entanto, o pedetista, em visita à Folha de Pernambuco, fez questão de frisar que as maiores modificações na sua estrutura de governo se darão devido à necessidade de garantir um ambiente mais estimulante para a equipe que estará o auxiliando na administração. Por conta disso, o grupo de trabalho que realiza a transição entre a atual e a próxima gestão está fazendo uma análise das prováveis modificações que devem ser empreendidas.

Há a possibilidade, inclusive, de que alguns secretários troquem de pastas. “Nossa equipe de transição está cuidando disso. Queremos nos espelhar no que fez o governador Eduardo Campos (PSB), montar um segundo governo com a equipe estimulada, talvez, pelo remanejo de secretários. O deputado Wolney Queiroz está cuidando disso. Teremos mudanças que vão nos permitir ter uma gestão mais motivada para o próximo governo”, assegurou Queiroz.

Além da carga motivacional que pretende empregar, as mudanças idealizadas pela equipe de José Queiroz também atenderão às expectativas da economia para os próximos anos. O prefeito de Caruaru res­saltou que tem empreendido ajustes na administração para adequá-la a um realidade de mais arrocho. O gestor revelou que, somente de julho a setembro, a gestão caruaruense sofreu uma perda de R$ 10 milhões por conta da redução de repasses federais, principalmente no que diz respeito aos recursos oriundos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), influenciado pela isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

“Esse tipo de corte desestabiliza qualquer um. Você trabalha com uma perspectiva e, de repente, ela muda. Então, é necessário se adequar, promovendo mudanças no governo”, afirmou Queiroz. Ele destacou que os gastos considerados complementares sãos os primeiros a serem eliminados. “A gente corta, primeiro, gastos como a manutenção de veículos e similares”, exemplificou. Em sua visita à Folha, o pedetista foi recebido pelo presidente do Grupo EQM, Eduardo Monteiro, e demais diretores.

AUDITORES – Para Queiroz, outra forma de reduzir custos, garantindo a qualidade da gestão, é a nomeação de secretários oriundos da Fazenda do Estado. O pedetista ressaltou que conta com auditores do órgão em sua equipe e que pretende, se possível, convocar outros. Nesse formato, a prefeitura não arca com o salário integral desses secretários, uma vez que a entidade de origem é a responsável pela remuneração desses profissionais.