A Controladoria-Geral da União (CGU) encaminhou à Comissão de Ética da Presidência da República denúncias de suposto assédio moral envolvendo a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. As acusações, que também incluem a secretária-executiva da pasta, Maria Helena Guarezi, foram feitas em outubro de 2023 e vieram a público em meio à discussão sobre uma reforma ministerial no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com relatos apurados pela CNN, servidoras do ministério acusam a ministra de ameaças de demissão, cobranças de trabalho em curto prazo, tratamento hostil, gritos e manifestações de preconceito. Algumas dessas situações teriam sido gravadas e anexadas ao processo encaminhado pela CGU à Comissão de Ética.
A CGU esclareceu que não tem competência para investigar diretamente a ministra, mas informou os fatos à Comissão de Ética Pública do Poder Executivo Federal. As denúncias ganharam força após desentendimentos entre Cida Gonçalves e Carmen Foro, ex-secretária nacional de Articulação Institucional, exonerada em agosto de 2023 sob a justificativa de “má gestão”.
Em nota, o Ministério das Mulheres negou ter recebido registros formais de denúncias nos canais da Corregedoria e destacou as ações preventivas realizadas em 2024 para combater o assédio moral e sexual. Segundo o comunicado, 161 pessoas, representando 62% do órgão, participaram de capacitações sobre o tema. O ministério reiterou ser contra qualquer tipo de discriminação e afirmou que está disposto a colaborar com eventuais apurações externas.
