Em reunião realizada nesta terça-feira (04) pela manhã, no Ministério Público de Caruaru entre a promotoria pública de Cidadania e uma comissão composta por 5 moradores representantes do Loteamento Mestre Vitalino, no Alto do Moura, foi agendada uma audiência pública para o dia 29 de outubro, às 9h, com representantes da Celpe, da Compesa, da Polícia Militar e da Prefeitura Municipal, com o objetivo de serem discutidas melhorias de infraestrutura na localidade.
Segundo uma das moradoras do loteamento e integrante da comissão, Olga de Oliveira, são necessárias medidas básicas para estruturar o local. “Moro no loteamento Mestre Vitalino há dois anos. Os terrenos foram vendidos sem infraestetura, convocamos a população, fizemos ofícios, entregamos para várias entidades, incluindo Celpe e Compesa. Também enviamos carta direta à prefeitura solicitando providências para o local. Passaram-se 2 anos e não houve resposta. Falta saneamento, não iluminação adequada nas ruas, não há sistema de abastecimento de água no loteamento. Também há necessidade de segurança, bem como implantação de sistema de correspondência dos Correios para todo o bairro”, comentou. Olga explicou ainda que saúde da população do loteamento está comprometida e afirmou que muitos moradores estão com doenças transmitidas em água contaminada.
A reunião foi marcada para esta terça com a promotoria pública ainda no inicio do mês. “Esperamos que o Ministério Público acelere o processo de medidas a serem tomadas e convoque as entidades responsáveis. Mas essa comissão de moradores que formamos é apolítica e sem cunho religioso”, completou Olga.
Já de acordo a cientista política Ana Maria de Barros, que também estava presente na reunião e é integrante da comissão, uma das preocupações para solicitar a realização da audiência é afastar o processo eleitoral no município. “Nosso objetivo foi justamente debater os problemas do loteamento sem envolver a disputa eleitoral. Nós temos visto nos guias uma série de ataques entre candidatos e projetos para reestruturação relacionados ao Alto do Moura, mas nossa reivindicação não é eleitoral e nem vai se encerrar depois que o período eleitoral acabar. Por isso, preferimos solicitar essa reunião com o Ministério Público para que fossem convocados órgãos públicos neutros, que possam tomar providências para a melhoria das condições do loteamento”, explicou. Ainda segundo Ana Maria, a comissão de moradores foi formada depois de 10 reuniões realizadas pelos moradores do loteamento, apoiados pela Associação de Moradores do Alto do Moura.