O governo de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (6) que 99% das doses de reforço da vacina contra Covid-19 aplicadas no estado foram da CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e pelo Instituto Butantan, contrariando a orientação do Ministério da Saúde e a opinião de cientistas.
Cientistas que estudam a pandemia criticaram a opção do governo estadual de não priorizar a vacina da Pfizer para o reforço, como fez o governo federal, e destacaram estudos que mostram uma resposta 10 vezes superior na produção de anticorpos neutralizantes com um reforço da fabricante Pfizer, na comparação com um reforço feito com CoronaVac.
Segundo o plano estadual, nesta segunda teve início a vacinação com a dose de reforço para idosos acima de 90 anos, grupo estimado em 52 mil pessoas. Neste primeiro dia da campanha de reforço, foram aplicadas 12.607 doses adicionais até as 18h. Entre os vacinados, 99,2% tomaram CoronaVac, 0,3% Astrazeneca e 0,1% Pfizer.
Os especialistas afirmam que a CoronaVac tem bons resultados para evitar a forma grave da doença, mas que não deveria ser a primeira opção para a dose de reforço.