Mercantilização do Corpo da Mulher é tema de palestra na FAVIP

Mário Flávio - 15.03.2012 às 13:30h

A Secretaria Especial da Mulher realizou na noite da última terça-feira, 13, palestra com o tema: “Mercantilização do Corpo da Mulher”. Na ocasião, alunos dos cursos de Publicidade e Propaganda, Psicologia e Jornalismo da Faculdade do Vale do Ipojuca (FAVIP) puderam debater a imagem que a mídia constrói e divulga das mulheres e as conseqüências dessa idealização. A palestra foi ministrada pela socióloga Silvia Camurça, a jornalista Nataly Queiroz, que compartilharam suas experiências com a causa feminista, a secretária da Mulher, Elba Ravane fez a abertura da atividade apresentando para os/a estudantes a Campanha 2012 “Desabroche: Pela Diversidade e Autonomia da Mulher”.

No contexto das discussões, diversos assuntos foram colocados em pauta: a construção dos estereótipos femininos, a dominação histórica masculina e a exploração da imagem feminina na publicidade e na propaganda. A diferenciação de gênero no mercado de trabalho foi um dos assuntos de destaque, as palestrantes abordaram o fato de as mulheres receberam salários 40% inferiores que os homens na área da comunicação. Após as explanações, o debate foi iniciado e os universitários e professores puderam esclarecer dúvidas e expor colocações.

A jornalista Nataly Queiroz, formada pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), mestra em comunicação pela UFRPE e especialista em Ciência Política pela UNICAP comentou a satisfação de participar do encontro. “Foi uma experiência muito interessante, outras experiências similares devem ser desenvolvidas, sempre é muito importante estar no espaço de formação, espaços acadêmicos. São essas pessoas que daqui a pouco vão ser médicos, vão ser advogados, vão ser jornalistas. Porque esses vários vão estar produzindo conteúdo, gerando serviços que devem estar a serviço da equidade de gênero, à serviço da democracia.Não existe democracia sem equidade de gênero, sem igualdade entre homens e mulheres, então todos nós enquanto cidadãos e cidadãs devemos estar envolvidos nessas discussões e ser agente de mudança, então eu acho que foi uma experiência interessantíssima e tomara que se repita mais vezes”, destacou.

A socióloga Silvia Camurça, integrante da ONG SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia e da Articulação de Mulheres Brasileiras, explicou aos presentes o significado do termo mercantilização, a visão da mulher como mercadoria, e ressaltou a satisfação em poder debater as demandas das mulheres em meio ao público universitário que se demonstrou participativo.

Fonte: SECOM PMC