Menina que morreu após ser atendida na UPA foi assassinada pelo tio

Mário Flávio - 08.05.2012 às 07:50h

Com informações do Jornal do Commercio

Um menor de 17 anos está sendo acusado de matar a sobrinha, de 11. A garota morreu de parada cardiorrespiratória depois de dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) estadual, em Caruaru, na noite da última sexta-feira. Inicialmente, o suspeito disse que ela teria ingerido chumbinho, um veneno usado para matar ratos.

Após as investigações, no entanto, a polícia descobriu que a garota morreu por causa de agressões praticadas pelo tio, que morava com outro irmão e a mãe da vítima, no Bairro Santa Rosa. “Na tarde da sexta-feira, houve uma discussão entre o tio a sobrinha, primeiro por causa de um videogame e depois porque a menina queria sair de casa. Ela tentou pular o portão e foi puxada, caindo no chão”, contou o delegado Márcio Cruz, responsável pelas investigações.

Após a agressão, a menina conseguiu sair da residência e foi para a casa da avó, em um sítio, onde começou a passar mal. Ainda sem saber do que tinha acontecido, os parentes levaram a criança para a UPA, onde ela morreu. “Ela chegou bem na casa da avó, mas depois começou a suar frio e nós a levamos para a UPA. Ela não disse o que tinha acontecido”, destacou outro tio da vítima.

Segundo o delegado, as causas da morte foram trauma medular e esganadura, provavelmente provocadas pelas agressões. Também havia a suspeita de que a menina teria sofrido abuso sexual, mas, ainda de acordo com o delegado, não há indícios desse tipo de crime. “Como o crime foi sexta-feira, o menor não foi preso em flagrante. Vamos concluir o inquérito e ele poderá responder por homicídio culposo (quando não há intenção de matar)”, detalhou Márcio Cruz. O corpo da criança foi enterrado ontem, em Caruaru.

Atualização

A assessoria de comunicação da prefeitura de Caruaru informou, mais cedo, que a informação publicada originalmente na matéria, de que se tratava da UPA do Vassoural estava incorreta. A unidade onde a menina foi atendida foi a UPA Estadual, e não a municipal.